Moraes mantém prisão de homem que fez ameaças a Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal

Moraes rejeitou um pedido da defesa, que pediu a revogação da prisão, e determinou que a Polícia Federal conclua a investigação em 30 dias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (16) manter a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto por ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministros da Corte. Ele está preso desde julho do ano passado.
Moraes rejeitou um pedido da defesa, que pediu a revogação da prisão, e determinou que a Polícia Federal conclua a investigação em 30 dias. A Procuradoria-Geral da República havia se manifestado a favor do relaxamento da prisão.
Ameaças a Lula e ministros do STF: PGR pede mais investigações sobre caso Ivan Rejane
Segundo Moraes, como a Polícia Federal ainda investiga um grupo de usuários de um aplicativo de mensagens que teriam ligação com Rejane, ainda permanecem os elementos que justificam a manutenção da preventiva.
Na decisão, o ministro disse que a conduta do acusado está inserida dentro de um contexto em que se apura a suposta atuação de uma organização criminosa contra a democracia. Moraes também citou os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
“O contexto desta investigação, bem como o momento fático atravessado pelo país (manifestações antidemocráticas e criminosas reivindicando um golpe militar), recomendam a manutenção da restrição máxima da liberdade do investigado que, mesmo no dia de sua prisão, incitou publicamente a animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constitucionais, notadamente o Poder Judiciário”, escreveu.
Relembre o caso
Ivan Rejane foi preso em julho do ano passado na Grande BH após publicação de vídeos nas redes sociais com ameaças aos ministros do STF, a Lula e a outras personalidades de esquerda.
Na ocasião, ele resistiu à prisão, mas a PF arrombou o portão do local onde ele estava e cumpriu o mandado.
Em um dos vídeos que motivaram a prisão, Ivan Rejane disse que Lula deveria andar com segurança porque ele iria “caçar” o ex-presidente, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ).
Na mesma gravação, o extremista diz que vai “caçar principalmente” ministros do STF e cita os nomes de Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Luiz Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber.

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