Execução imediata e envio ao MP, STF e TCU: veja o que propôs relator no voto sobre Bolsonaro inelegível

Ex-presidente e o seu candidato a vice-presidente, Braga Netto, são acusados de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e podem ficar inelegíveis até 2030. Relator da ação contra Bolsonaro no TSE vota pela inelegibilidade do ex-presidente
No voto em que concluiu que Jair Bolsonaro deve ser considerado inelegível, o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso em que o ex-presidente é acusado de abuso de poder político no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), propôs a execução imediata da decisão e o envio a outros órgãos para providências que considerarem cabíveis (entenda mais abaixo).
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o seu candidato a vice-presidente, Braga Netto, são acusados de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e podem ficar inelegíveis até 2030.
O julgamento deve ser retomado nesta quinta para o voto dos demais membros da Corte. O relator apresentou seu voto nesta terça para tornar Bolsonaro inelegível por oito anos e para absolver Braga Netto.
Em julho de 2022, em meio à disputa presidencial, Bolsonaro reuniu embaixadores de países estrangeiros para fazer ataques sem fundamento ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.
Para isso, usou a estrutura pública — o Palácio da Alvorada e a TV Brasil, além de redes sociais — e repetiu teses sobre o tema já desmentidas anteriormente.
Julgamento de Bolsonaro no TSE: veja os principais pontos do voto do relator
Execução imediata
Em seu voto, Benedito Gonçalves afirma que não há possibilidade de apresentação de recursos capazes de suspender a eficácia da decisão do TSE enquanto aguardam para serem analisados. Isso ocorre a partir de um entendimento fixado pela própria Corte Eleitoral.
Se prevalecer o voto, a sanção será aplicada com a inscrição, no cadastro eleitoral do ex-presidente, de um código que indica sua situação de inelegível – o chamado Código de Atualização de Situação de Eleitor (ASE).
LEIA MAIS:
Relator vota no TSE para tornar Bolsonaro inelegível; julgamento retorna na quinta
Envio do caso ao STF e MP
Gonçalves determinou o envio do caso aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Luiz Fux, relatores de procedimentos e inquéritos na Corte que investigam ou relacionam Bolsonaro, “para ciência e providências que entenderem cabíveis”.
Bolsonaro é alvo, por exemplo, de inquérito que apura o vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal em lives contra as urnas e por incitação a atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Há ainda um pedido de investigação contra o ex-presidente relativo à reunião com os embaixadores, em que ele é suspeito de crimes contra o Estado Democrático de Direito.
O material levantado ao longo do processo no TSE, embora não leve a consequências penais diretas, pode ser usado nas investigações que correm no Supremo.
Gonçalves determinou ainda que o caso seja encaminhado ao Ministério Público para que analise se é o caso de tomar outras providências também na área criminal – propor, por exemplo, inquéritos e denúncias na Justiça.
Envio ao TCU
O relator também determina o envio do caso ao Tribunal de Contas da União, “considerando-se o comprovado emprego de bens e recursos públicos na preparação de evento em que se consumou o desvio de finalidade eleitoreira”.
Nesse caso, a Corte de Contas poderá avaliar pedido de ressarcimento pelo uso irregular da estrutura pública do governo na reunião de embaixadores.

Fonte

One thought on “Execução imediata e envio ao MP, STF e TCU: veja o que propôs relator no voto sobre Bolsonaro inelegível

  1. Wow, incredible weblog structure! How long have you ever been blogging for?
    you made blogging look easy. The overall look of your web site is wonderful,
    let alone the content material! You can see similar
    here dobry sklep

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *