O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), se mostrou incrédulo quanto à possibilidade do Ibama autorizar o corte do morro localizado no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (a 64 km da Capital). Uma comitiva liderada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) encampou uma verdadeira peregrinação em Brasília na terça-feira (2), até se encontrar com presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, que se comprometeu a estudar o caso e dar uma resposta célere.
Durante sessão parlamentar nesta quarta-feira (03), Botelho disse que não viu confiança no posicionamento. Neste cenário, delegou ao deputado Valdir Barranco (PT) a missão de manter contato com Rodrigo e cobrar uma resposta para solucionar o problema da região, em razão da proximidade do petista com o ministro.
“Ontem estivemos em Brasília em três audiências: uma no Supremo, uma no Ministério das Cidades e a outra no Ibama. Do Ibama, estou pedindo para o deputado Valdir Barranco ficar responsável de ficar sempre cobrando. Eu não saí de lá com impressão muito boa, pode ser que eu esteja errado, mas eu não tive uma impressão muito positiva”, explicou.
JL Siqueira
Além do Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também deve analisar o projeto. A área está dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, sob gestão do ICMBio, e caso a autorização seja negada, o governador defende que os envolvidos sejam responsabilizados por eventuais acidentes, já que o morro sofre com deslizamentos recorrentes sobre a malha asfáltica.
Botelho argumentou ainda que se o Ibama tem interesse de rejeitar a proposta, a devolutiva deve ser imediata, para que, assim, seja estudada nova solução. A cidade de Chapada dos Guimarães é turística, mas tem sofrido economicamente com os bloqueios na estrada.
“Eu não tive a impressão positiva, mas vocês são mais otimistas do que eu, então, peço que fique acompanhando isso. Você tem uma relação de amizade com presidente do Ibama. [Fique] ligando para ele. Se não vai aprovar, tem que ser rápido também, para nós trabalharmos outro plano e projeto. Então, fique de olho nisso”, completou o deputado.