Ucrânia prende dois ex-militares por destruição do Antonov, o maior avião do mundo

Ex-oficiais eram seguranças contratados da fabricante Antonov e, segundo Kiev, impediram tropas ucranianas de protegerem aeronave, que foi totalmente destruída em um ataque russo um dia depois. Drone mostra danos ao Antonov 225-Mriya, maior avião do mundo
O Serviço Ucraniano de Segurança anunciou nesta sexta-feira (10) a detenção de dois funcionários da fabricante de aviões Antonov por colaborar com a destruição, no ano passado, de um Antonov An-225, o então maior avião do mundo.
A aeronave, que era famosa mundialmente pelas suas dimensões, foi destruída durante um ataque da Rússia ao aeroporto de Gostomel, perto de Kiev, onde estava estacionado.
Agora, Kiev acusa esses dois funcionários, que são também ex-oficiais da Força Aérea da Ucrânia, de terem impedido as forças ucranianas de proteger o aeroporto antes da invasão. Um dia depois, tropas russas bombardearam o local.
“De acordo com a investigação, os funcionários não permitiram que a Guarda Nacional Ucraniana, na véspera da invasão, entrasse no terreno do aeroporto de Gostomel para preparar sua defesa”, afirmou o SBU em um comunicado.
No ataque, o Antonov An-225 “Mriya” – que significa “sonho” em ucraniano e é o único deste modelo – foi totalmente destruído.
Um ex-vice-diretor geral da empresa estatal Antonov está foragido, ainda segundo o SBU. Os outros dois suspeitos, o ex-diretor geral e o diretor da unidade de segurança, foram detidos.
Em caso de condenação por obstrução de operações do exército ucraniano, eles podem receber sentenças de 15 anos de prisão.
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A guerra da Ucrânia completou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.
Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.

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