Governo Federal abriu um processo de compra emergencial para adquirir, por dispensa de licitação, 1,3 milhão de tubetes de 3 ml para atender o Sistema Único de Saúde (SUS)
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o estoque do Ministério da Saúde de insulina de ação rápida, medicamento utilizado para o tratamento de diabetes, deve acabar em abril. A orientação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é para que os pacientes procurem por atendimento médico caso não consigam adquirir o medicamento. O ministério realizou dos pregões para adquirir mais doses, um em agosto de 2022 e outro em janeiro de 2023, mas não atraiu o interesse das empresas fabricantes. No dia 31 de janeiro o Governo Federal abriu um processo de compra emergencial para adquirir, por dispensa de licitação, 1,3 milhão de tubetes de insulina de 3 ml para atender o Sistema Único de Saúde (SUS). O montante teria capacidade para suprir 180 dias. Mas segundo o TCU o risco de desabastecimento persiste, considerando que o produto só chegaria ao Brasil em meados de junho e o estoque atual não seria suficiente para chegar ao mês de maio.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que as insulinas regulares mais consumidas estão com o estoque adequado e que o caso da insulina análoga de ação rápida tem sido tratado com máxima prioridade junto aos fornecedores internacionais para voltar a garantir o atendimento á população via SUS. De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quinto país com maior número de diabéticos, com 16,8 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) que sofrem da doença. A estimativa da incidência da doença no país em 2030 chega a 21,5 milhões. A falta de tratamento da diabetes pode agravar o quadro e pode levar a complicações nos olhos, rins e nervos. Em casos mais graves, a doença não tratada pode levar a óbito.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto