Joias e Rolex de Bolsonaro
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Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) estão irritados com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e avaliam que ele “tentou dar uma de esperto” depois que foi revelada a existência de um terceiro conjunto de joias que foi dado de presente a ele também pela Arábia Saudita.
Segundo ministros do tribunal, Bolsonaro deveria ter comunicado a eles sobre esse terceiro estojo de joias e não ter “escondido” os presentes.
No caso do novo conjunto, os ministros destacam que a situação é ainda mais complicada para o ex-presidente, porque ele recebeu os presentes pessoalmente e os trouxe para o Brasil.
Além disso, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, Bolsonaro pediu, em 2022, que os presentes fossem retirados do seu acervo pessoal e fossem entregues a ele.
Agora, o TCU vai ser acionado a analisar esse terceiro caso, com uma definição já certa: a ordem de devolução dos presentes, por terem um preço avaliado em cerca R$ 500 mil. Portanto, não podem ser enquadrados como de natureza “personalíssima”.
Bolsonaro ficou com 3º conjunto de joias
A sensação dentro do tribunal é que Bolsonaro “tentou dar uma de esperto”, ou seja, se os presentes não fossem revelados, ficaria com o conjunto para ele.
Aliados de Bolsonaro também avaliaram o caso negativamente. Acreditam que o ex-presidente vai ficar com sua imagem ainda mais desgastada e, no seu retorno previsto para esta quinta-feira (30), vai ser cobrado sobre isso em eventuais entrevistas.
No caso dos pacotes anteriores, ele poderia até alegar que não sabia que as regras o proibiam de ficar com os presentes. No caso do terceiro, ela já não pode usar mais essa justificativa.
Alguns aliados até defendem novo adiamento do retorno o ex-presidente dos Estados Unidos, exatamente porque a expectativa era a de criar um ambiente favorável na volta.
Agora, ficou numa situação “difícil” diante da nova revelação e Bolsonaro será cobrado por isso.
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