Relatório do USDA veio baixista: COMO FICA O BRASIL?

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o seu relatório de oferta e demanda dos produtos agrícolas no encerramento da última semana e trouxe números baixistas em relação à soja, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O relatório mensal WASDE fez apenas uma alteração nos S&Ds da soja da safra velha, aumentando as importações em 5 mbu e os adicionaram aos estoques finais para um carregamento de 215 mbu (136,07 miltons) – correspondendo à estimativa da média comercial”, comenta.

“Para a nova safra, a área cultivada foi de 87,5 milhões de acres ou 35,47 milhões de hectares (correspondendo às intenções de março) e 86,7 milhões para colheita (35,08 milhões de hectares. Os rendimentos foram fixados na linha de tendência de 52 bpa (3.497,06 kg/hectare) para uma safra líquida de 4.510 mbu (122,74 MT). Isso estava de acordo com as estimativas. A produção da nova safra aumentou 234 mbu (6,37 MT) ano/ano, enquanto os estoques finais aumentaram apenas 120 (3,26 MT) com um carregamento de 335 mbu (9,12 MT)”, completa.  

Nesse contexto, o USDA elevou a produção brasileira em 1 milhão de toneladas para 155 milhões de toneladas. “A Argentina ficou sozinha em 27 MMT, apesar dos traders esperarem um corte. O estoque global foi fixado em 101 MMT para a safra antiga e em 122,5 MMT para a nova safra – o mercado esperava 108 em média, então é baixista”, indica.

“A soja fechou o dia e a semana em queda. Como já esperado pelo mercado o relatório WASDE do USDA veio em tom baixista, aumentando safras, mas não projetando aumento de demanda no mesmo patamar. Com isso a soja manteve a tendência da semana e fechou o dia em baixa, acumulando perdas de -3,24% ou $ -46,50 cents/bushel para julho/23, para novembro/23, a principal data negociada nos EUA, as perdas foram de -4,39% ou $-56,25 cents/bushel no período”, conclui.



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