A recomendação da TF Agroeconômica para quem tem milho é ficar atento à demanda Chinesa e também ao clima dos Estados Unidos. “Estes dois fatores serão responsáveis pelo fluxo de exportações no Brasil. Se este fluxo for de alguma forma truncado, como foi o da safra passada, os preços internos deverão sofrer novas baixas, porque sobrará mercadorias internamente”, comenta.
“Se ele fluir normalmente, com redução da safra americana e maior demanda da China, os preços poderão subir. Como tudo isto ainda é incerto, só podemos recomendar que se continue atento ao cenário para poder tomar atitude mais tarde”, completa.
Os fatores de alta são dois: o posicionamento do clima antes do fim de semana de três dias que impulsionou o mercado hoje. E as vendas de exportação menores. “Os contratos futuros de milho subiram dois dígitos com os modelos climáticos do Meio-Oeste mostrando 15 dias de seca em pelo menos 75% do cinturão do milho. O USDA diz que produzirá suas primeiras classificações G/E para os EUA na terça-feira”, indica.
“Por outro lado, as vendas de exportação estão claramente inferiores. As vendas de exportação divulgadas na quinta-feira mostraram reduções líquidas nas vendas de safras antigas pela segunda semana consecutiva. A safra recorde do Brasil estará prejudicando o milho dos EUA no mercado global, com ampla oferta chegando quando as colheitadeiras começarem a rolar nas principais regiões produtoras do Brasil em algumas semanas”, informa.
Nos fatores de baixa estão boas perspectivas para a próxima safra nos EUA, safrinha recorde começando a ser colhida no Brasil, estoques finais no Brasil de 8,2 milhões de toneladas e quadro de oferta e demanda mundial extremamente folgado. “A produção mundial foi aumentada em 5,22%, passando de 1,15 bilhão de toneladas para 1,21 bilhão de toneladas. O mais importante, porém, é que os estoques mundiais foram aumentados em 6,24%, passando de 297,41 milhões de toneladas para 312,9 milhões de toneladas, segundo o último relatório do USDA”, conclui.