produtores ideram estudo sobre acúmulo de carbono no solo

Produtores rurais da Bahia estão embarcando em um projeto para avaliar os níveis de acúmulo de carbono em áreas produtivas do Cerrado. Em colaboração com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o apoio do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), a iniciativa visa entender melhor o impacto ambiental das práticas agrícolas na região.

 

O projeto intitulado “Diagnóstico do estoque de carbono em solos do Cerrado da Bahia sob sistemas de produção de algodão e grãos” está atualmente na fase de coleta e amostragem de solos em diversas propriedades rurais. Os técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa estão coordenando a coleta de amostras em dez núcleos agrícolas, abrangendo propriedades em diferentes regiões como Rio das Pedras, Ouro Verde e Estrondo, Nova América, Roda Velha, Roda Velha de Baixo, Roda Estrada do Café e Anel da Soja.

Segundo o pesquisador da Embrapa, Fabiano Perina, esta pesquisa é crucial para futuras certificações e para promover a produção sustentável de algodão e fibras no Oeste da Bahia. “Esperamos que os resultados dessas análises forneçam informações valiosas aos produtores, auxiliando-os na escolha dos melhores sistemas de produção e manejo do solo para promover o acúmulo de carbono, garantindo assim a classificação do algodão baiano como um produto de Agricultura de Baixo Carbono”.

O gerente da Fazenda Bela Vista, Fernando Caetano, elogia a iniciativa da Abapa em promover práticas sustentáveis no cultivo do algodão. “Essa ação, baseada em trabalhos e estudos científicos, valida as boas práticas que já estão sendo aplicadas no campo. Este projeto visa impulsionar o desenvolvimento sustentável das lavouras na região, fornecendo dados cruciais para essa missão”.

Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, destaca que o projeto reflete o compromisso dos produtores com a sustentabilidade, tanto do negócio quanto do meio ambiente. “Nossos produtores estão comprometidos em adotar práticas que garantam a longevidade e o equilíbrio do sistema produtivo, além de conservar conscientemente a água e o solo. Essas práticas estão integradas à rotina das fazendas, resultando em ganhos significativos tanto na produção quanto no meio ambiente”.

Após a fase de coleta, as amostras serão enviadas para análise na Embrapa Instrumentação Agropecuária, utilizando métodos inovadores como CHN e LIBS (Laser Induced Breakdown Spectroscopy), reconhecidos internacionalmente por certificadoras como a VERRA.



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