Polícia alemã investiga possível envenenamento de duas mulheres russas exiladas


Elas estiveram em uma conferência organizada pelo crítico do governo russo Mikhail Khodorkovsky, no final de abril, realizada em Berlim. Vista de Berlim, capital da Alemanha, em abril de 2020
Michele Tantussi/Reuters
A polícia alemã informou que está investigando a possibilidade de envenenamento de duas mulheres russas exiladas que participaram de uma conferência em Berlim, no final de abril. As informações são da agência de notícias Reuters.
A conferência foi organizada pelo crítico russo do governo do Kremlin, Mikhail Khodorkovsky.
A polícia de Berlim disse à Reuters que “foi aberto um dossiê” depois que o jornal alemão “Welt am Sonntag”, citando o grupo de mídia investigativo russo Agentstvo, disse que duas mulheres reportaram sintomas que sugeriam um possível envenenamento.
As autoridades não deram mais detalhes, dizendo que se trata de uma investigação em andamento.
O jornal diz que que uma das mulheres é jornalista e seus sintomas podem ter aparecido antes da conferência que aconteceu nos dias 29 e 30 de abril. Ela foi para o hospital Charite, na capital da Alemanha.
A segunda mulher é Natalia Arno, diretora da ONG Free Russia Foundation. Ela escreveu em seu perfil do Facebook que encontrou a porta de seu quarto de seu hotel entreaberta. “Eu acordei às 5 horas da manhã sofrendo de dores agudas e sintomas estranhos”, disse ela.
Vários ataques de envenenamento contra os opositores do Kremlin vêm sendo identificados dentro e fora da Rússia nos últimos anos.
O líder da oposição russa Alexei Navalny é visto em uma tela por meio de um link de vídeo da colônia penal corretiva IK-2 em Pokrov durante uma audiência para considerar um recurso contra sua sentença de prisão em Moscou, Rússia, 24 de maio de 2022.
REUTERS/Evgenia Novozhenina /Foto de arquivo
O líder da oposição russa Alexei Navalny foi tratado na Rússia e depois na Alemanha pelo que os laboratórios ocidentais identificaram como uma tentativa de envenenamento, na Sibéria, em 2020, por uma substância neurotóxica.
O governo de Moscou negou as acusações. Navalny retornou à Rússia da Alemanha voluntariamente em 2021. Ele foi preso em janeiro daquele ano e está preso desde então.

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