o que esperar para a safra brasileira?

No cenário brasileiro, os preços do milho permaneceram estáveis, com a média gaúcha registrando um leve recuo para R$ 51,92 por saco durante a semana. Nas principais praças locais, os preços se mantiveram em torno de R$ 50,00 por saco. No restante do país, as oscilações foram observadas, variando entre R$ 37,00 e R$ 56,00 por saco. Na B3, o fechamento da quarta-feira (27) indicou valores abaixo dos R$ 60,00 por saco para as principais cotações, situando-se entre R$ 59,58 e R$ 59,70 por saco.

De acordo com a análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), esse padrão desfavorável nos preços do milho, que persiste há algumas semanas, é atribuído em parte ao baixo interesse dos compradores neste momento. Em contrapartida, os produtores que possuem capacidade estão segurando o cereal, aguardando por melhores oportunidades no segundo semestre, especialmente diante de uma safrinha que se prevê menor.

Enquanto isso, nos países concorrentes, como a Argentina, apesar dos problemas climáticos, a safra atual de milho ainda será 59% superior à registrada na safra do ano passado.

O plantio da safrinha deste ano está concluído, agora dependendo ainda mais do comportamento climático no Centro-Sul brasileiro. Preocupações com o calor e a irregularidade das chuvas no Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul estão presentes. Por outro lado, o milho verão, no Centro-Sul brasileiro, estava colhido em 75% da área na virada da semana. No Rio Grande do Sul, conforme a Emater, essa colheita alcançava 75% da área total, contra 68% na média histórica para a data. No Paraná, segundo o Deral, a colheita atingia 91% da área nesta semana.

Algumas consultorias estão reduzindo a área final semeada com o milho segunda safra, estimando-a em 16,3 milhões de hectares. Com isso, em condições climáticas normais, a produção poderá ser de 96,4 milhões de toneladas, representando uma queda de 10,9% em relação ao ano anterior, segundo a Agroconsult. No Paraná, a safrinha foi revisada para baixo, agora estimada em 14,2 milhões de toneladas devido ao calor intenso e às chuvas irregulares, de acordo com o Deral.

Existe uma forte expectativa de que o mercado demandante reaja no segundo semestre, inclusive no segmento de exportações, o que poderá resultar em alguma melhoria nos preços do milho brasileiro. Isso se soma aos resultados esperados a partir de meados do ano em torno da colheita da safrinha. Até a quarta semana de março de 2024, o Brasil exportou um total de 245.541 toneladas de milho no mês, resultando em uma média diária nos primeiros 16 dias úteis de março com uma queda de 73,6% em relação à média diária de março do ano passado.



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