Jayme reafirma independência e critica “má fé” de grupo de parlamentares | …

Jefferson RudyAgência Senado

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O senador Jayme Campos (União Brasil) questionou o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre a existência de pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a assinatura de senadores. Diante da negativa, ele criticou grupos de parlamentares que estão “usando de má fé” para denegrir a imagem do Senado e de senadores que, como ele, atuam com senso de responsabilidade.

Jayme reclamou que vem sendo cobrado por segmentos da população de Mato Grosso a “assinar” o pedido de impeachment do ministro do STF, acusado por algumas alas políticas, especialmente as bolsonaristas, de abuso de poder no âmbito de inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. Essa cobrança tem como base, segundo Jayme, afirmações ‘mentirosas’ feitas por outros parlamentares.

“É uma inverdade, é uma mentira, e nós temos que esclarecer ao povo brasileiro e, sobretudo, ao povo mato-grossense que, de fato, aquele que sai todos os dias dizendo quem assinou impeachment do Alexandre de Moraes, quem não assinou, colocando nossas fotos: isso não é decente, isso não é razoável na prática do Estado democrático de direito, daqueles que têm compromisso com o seu povo, daqueles que fazem política séria, que fizeram e têm uma história como o Jayme Campos tem, diante da sociedade mato-grossense” , disse durante sessão plenária do Senado, nessa quarta-feira (11).

Jayme Campos esclareceu ainda que quem protocolou, de fato e de direito, o pedido de impeachment do ministro do STF foi um grupo de pouco mais de 150 deputados federais dos 513 que compõe a Câmara Federal. “É bom que se esclareça que isso tem um processo, um rito”, frisou o senador mato-grossense, desafiando a alguém mostrar qualquer assinatura de senador no pedido de impeachment.

Ao se manifestar indignado com o que chamou de “fake news praticado por vários colegas”, o senador mato-grossense explicou que o pedido protocolado será analisado pela Mesa Diretora, que definirá a admissibilidade, com base nos requisitos legais e da Constituição Federal, fundamentado em parecer da Advocacia Geral do Senado. “Por outro lado, é bom que se esclareça ao povo mato-grossense que quem acusa não pode ser julgador (…) Ninguém pode acusar e julgar ao mesmo tempo”, enfatizou.

“Eu não faço a política da mentira, eu faço a política da verdade, daquilo que certamente o eleitor quer ter do seu homem público, sobretudo daqueles que os vão representar aqui, seja a nível do Congresso, da Assembleia ou das próprias Câmaras de Vereadores dos seus municípios mato-grossenses”, acrescentou.

Presidente da Comissão de Ética Parlamentar, reafirmou sua postura de atuar de forma independente e que vota conforme sua própria consciência. “Eu sou um senador que, graças a Deus, as minhas atitudes nesta casa, os meus gestos, são primeiro de respeito aos meus colegas, à instituição, seja quem for que esteja presidindo”, continuou. Também reafirmou que seguirá trabalhando para levar os investimentos para Mato Grosso, aprovando bons projetos de leis na defesa do interesse do povo brasileiro, mas, sobretudo, do povo mato-grossense.

Antes de encerrar, o presidente do Senado fez questão de destacar a postura do senador Jayme Campos. Ele fez, entre outros, “registro importante” da participação de Jayme na aprovação da PEC e das decisões monocráticas no Senado Federal. “Seu voto foi fundamental numa maioria muito apertada, muito pequena, que nós tivemos para aprovação dessa Proposta de Emenda à Constituição, que visa a limitar os poderes do Supremo Tribunal Federal, evitando que decisões monocráticas possam desvalidar decisões do Congresso e da Presidência da República”, disse Pacheco.



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