Governo faz 'mea culpa' e reconhece que terá maioria 'negociada' na CPI dos Atos Golpistas, e não 'espontânea'

Integrantes da articulação política do governo fizeram um “mea culpa” em relação à resistência inicial para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.
A avaliação é de que, se o Palácio do Planalto tivesse dado sinal verde desde o início, hoje o governo teria uma maioria espontânea na comissão formada por senadores e deputados defensores da democracia.
Há o reconhecimento que, agora, a maioria será negociada e haverá um preço por esse apoio.
Neste cenário, o governo terá que atender demanda do Centrão por espaço no governo e liberação de emendas.
O Planalto já sabe que terá que negociar esse apoio e está disposto a ceder. Na avaliação de um integrante da articulação política, a resistência do presidente Lula para criação da CPI mista foi o que pautou a atuação do governo.
O temor inicial é que uma comissão de inquérito no Congresso paralisaria a agenda do governo como arcabouço fiscal e reforma tributária. Por isso, a tentativa de evitar a CPMI.
“Foi um erro de avaliação. Se desde o início tivéssemos apoiado a CPMI, haveria uma adesão natural de parlamentares em defesa da democracia. Agora, estamos correndo atrás do prejuízo para ter o controle da comissão”, reconheceu esse integrante da articulação política.
CPMI dos atos golpistas será instalada na 4ª feira

Fonte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *