Para economista-chefe do Credit Suisse Brasil, número 2 de Haddad deve se mostrar independente do Ministério da Fazenda para estabelecer confiança do mercado. Indicado por Fernando Haddad para a diretoria de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo tem o desafio de conquistar o mercado, provando-se independente do Ministério da Fazenda. A avaliação é de Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse Brasil.
Em entrevista ao podcast O Assunto, Solange diz que o atual secretário-executivo da Fazenda é visto como um nome moderado por trazer, junto de Haddad, uma tentativa de ajustar as contas fiscais por meio do arcabouço fiscal.
“As declarações que ele vai dar serão muito importantes, assim como as primeiras ações do Banco Central, para que o mercado veja ele como alguém não tão dependente do Ministério da Fazenda.”
Gabriel Galípolo e Fernando Haddad
TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO
Antes de assumir a posição no BC, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino dos Santos, indicado para o cargo de diretor de fiscalização, ainda precisam passar por sabatina no Senado Federal.
Ainda segundo Srour, essa confiança deve ser estabelecida com “declarações menos assertivas em relação a iminência de quedas de juros no curto prazo.”
O Banco Central tem sido pressionado pelo governo pela redução da taxa básica de juros da economia, atualmente em 13,75% ao ano. O Brasil é o país com a maior taxa de juros reais (descontada a inflação) do mundo.
Em meio às persistentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na quarta-feira passada (3), por manter o mesmo patamar da Selic em vigor desde o início de agosto de 2022, e ainda sinalizou que a taxa poderia subir.
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto
Quem é Gabriel Galípolo
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