Doação de órgãos: CNJ e cartórios lançam sistema eletrônico para candidatos manifestarem interesse e autorizarem processo

Para ser doador, basta preencher um formulário disponível no aplicativo ‘e-notariado’. Em evento nesta terça-feira (2), Conselho Nacional de Justiça também lançou campanha para incentivar doações. O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, junto com os cartórios, assinaram nesta terça-feira (2) o lançamento da campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”.
Essa iniciativa marca também a regulamentação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo), que é uma forma eletrônica e gratuita de autorizar a doação dos órgãos, tecidos e partes do corpo.
Desenvolvida pelo Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF), a Aedo tem o papel de facilitar e desburocratizar a manifestação de vontade de ser um doador de órgãos. Basta preencher um formulário pelo aplicativo de celular “e-notariado” ou pelo site: https://aedo.org.br/
Autorização eletrônica para a doação de órgãos passa a ser emitida grátis e digitalmente
A partir do preenchimento do formulário, o tabelião agenda uma videoconferência com a pessoa interessada e confirma a manifestação de vontade de se tornar doadora. Ambos assinam digitalmente a Aedo, que vai para um banco de dados e, imediatamente após o falecimento de um doador, é notificado no sistema que todos os médicos credenciados terão acesso.
No Brasil, o número de transplante de órgãos cresceu no último ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Veja abaixo:
Rim
2022 – 5.402
2023 – 6.116 (+13.21%)
Fígado
2022 – 2.162
2023 – 2.397 (+10.87%)
Coração
2022 – 363
2023 – 423 (+16.5%)
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância de se tornar um doador de órgãos. Segundo ela, o sistema vai ajudar a aumentar o número de pessoas nessa lista.
“Um doador pode doar muitos órgãos, tecidos. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual.”, diz a ministra.
Hoje, 42 mil pessoas aguardam na fila por um transplante no Brasil, 500 delas são crianças. Em 2023, 3 mil pessoas morreram antes de conseguir um doador.
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, além de desburocratizar a doação, o Brasil é o 4º país no número absoluto de transplantes e essa ação pretende fomentar essas doações.

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