Defesa de Deolane aciona STF para influenciadora não ser obrigada a depor em CPI no Senado


Segundo presidente da CPI, depoimento da influenciadora deve ocorrer na última semana de outubro. CPI apura manipulação de partidas e esquemas com apostas esportivas. Deolane Bezerra
Marcelo Brandt/g1
A defesa da influenciadora e advogada Deolane Bezerra acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que ela não seja obrigada a comparecer à CPI da Manipulação de Resultados no Futebol.
Deolane é investigada na Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais (relembre o caso abaixo).
Na solicitação enviada à Corte, os advogados pedem que seja assegurada a possibilidade de escolher ou não ir à CPI e, caso o pedido não seja atendido, que seja liberado o direito ao silêncio e à não autoincriminação.
Nessa terça-feira (15), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da comissão no Senado, afirmou que Deolane já teria confirmado que iria prestar depoimento presencialmente.
A expectativa é que a oitiva ocorra no fim deste mês.
O pedido da Defesa da influenciadora será analisado pelo ministro André Mendonça.
Autor do requerimento de convocação, o senador Eduardo Girão (Novo-MA) justificou que o depoimento de Deolane “pode ajudar essa comissão parlamentar de inquérito a esclarecer questões atinentes ao objetivo final dessa CPI que é o desvendar possíveis implicações de facções criminosas com a as empresas que atuam no mercado de jogos de apostas on-line”.
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Investigação
Deolane foi presa no Recife (PE) em 4 de setembro, mas já foi liberada para cumprir prisão domiciliar.
A investigação contra um esquema de lavagem de dinheiro através de jogos ilegais também resultou na prisão da mãe dela, Solange Bezerra, e do dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, entre outros suspeitos.
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Foram movimentados, segundo a polícia, de janeiro de 2019 a maio de 2023, cerca de R$ 3 bilhões em contas correntes, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes de jogos ilegais.

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