Câmara aprova urgência das novas regras fiscais; texto vai diretamente ao Plenário

Imagem: Câmara dos deputados Câmara aprova urgência das novas regras fiscais;  texto vai diretamente ao Plenário
Câmara dos Deputados – Reprodução

A Câmara dos Deputados impôs, nesta quarta-feira (17), o regime de urgência do projeto de lei complementar que altera as regras fiscais do país (PLP 93/2023). Com isso, o texto não será analisado por nenhuma comissão da Casa e será avaliado pelos deputados diretamente no plenário. Um acordo de líderes, concretizado na segunda-feira (15), estabeleceu a votação da proposta na próxima quarta-feira (24).

Governo ironiza cassação de Dallagnol em publicação nas redes sociais
A urgência foi aprovada com 367 votos aprovados, 102 contrários e uma abstenção. O quórum no plenário foi de 471 deputados. O governo conta com deputados da oposição para aprovar as novas regras fiscais. Para a proposta passar, são necessários 258 votos a favor. O projeto cria um novo sistema de controle das contas públicas.

O relator do PLP, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que o substitutivo apresentado foi acordado entre todos os líderes e chegou-se a um meio-termo entre os pedidos do governo e os da oposição. Substitutivo é o nome dado à nova versão de um projeto que recebeu mudanças significativas.

Pouco antes da votação, Cajado afirmou que o projeto é o mais importante do ano. Ele pediu ainda aos deputados que “deixem a ideologia de lado” para aprovar o texto na próxima semana. “Vamos pensar no Brasil. Vamos nos unir através de um pensamento único, de que temos condições de superar essa crise e dar ao país uma lei estável, moderna e contemporânea, um exemplo de outros países”, declarou.

Mais cedo, nesta quarta-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia se mostrado entusiasmado na aprovação do texto na próxima semana, sem deixar de admitir, porém, que a proposta enfrentava discordâncias.

“O relator fez um trabalho muito importante e respeitoso, ouvindo todos os líderes. Consenso é algo difícil de construir. Todo mundo está fazendo concessões para chegar a um denominador comum. Mais de 300 garantias que vamos conseguir. A urgência, talvez até mais. Está bem encaminhado”, estimou o ministro.

Para agradar ao governista de base, foi excluído o teto de gastos ou o aumento real do salário mínimo. Por outro lado, o relator acrescentou proibições à proposta em caso de o governo federal não cumprir as novas regras fiscais. Os gatilhos são dispositivos que visam obrigar os gestores a conter as despesas quando houver descompasso entre os gastos e meta fiscal.

Ao longo desta semana, líderes partidários se reuniram ao menos duas vezes a fim de acertar os termos de análise e o conteúdo do projeto. O ministro da Fazenda também participou do esforço para ajustar a proposta.

Fonte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *