O vereador por Cuiabá, Rogério Varanda, deixou o MDB sob a justificativa de ter sido “atropelado” pela Executiva Municipal que, sem o seu aval, filiou Luis Cláudio, que estava no Parlamento por ser suplente do vereador Marcrean Santos. Ambos eram ligados ao PP, mas por alinhamentos com a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), foram convidados a se retirarem do Partido Progressista.
Luis Cláudio foi acolhido pelo MDB. Porém, temendo não ser reeleito, Varanda rejeitava o acordo. Sem saída, optou por “pular do barco”. Segundo ele, durante sua estadia no MDB, nunca foi respeitado, mesmo após ter assumido a cadeira do agora deputado estadual Juca do Guaraná.
“Fiquei nove anos no MDB e não fui reconhecido, nem como membro, nem como vereador e nem como pessoa. Fui apenas um degrau, uma escada, onde todos puderam subir e eu fiquei no mesmo lugar, sem ser reconhecido pelo meu trabalho nesse tempo todo”, desabafou ele, nesta terça-feira (2).
Donatto Aquino
Em conversa com a imprensa, Varanda explicou que, embora tenha sido escanteado das discussões por muito tempo, a gota d’água foi justamente a filiação de Luis. Com isso, na visão do parlamentar, o MDB promove uma chapa pesada, em desrespeito aos filiados com mandato.
“[A gota d’água] foi a falta de reconhecimento, só isso. Acho que você tem que ter dignidade e ver que você não está sendo aproveitado em nada, então, você não vale nada para aquele partido. A pá de cal foi a filiação do Luis Cláudio. Acho que ele só poderia entrar no partido depois de falar comigo. Como eles acham que são maior, fiquem com o Luis Cláudio, fiquem com o MDB e boa sorte”, endossou.