Nesta terça-feira (26), o presidente Lula disse que a extensão de terras indígenas no Brasil é “insuficiente” e que o governo vai continuar fazendo demarcações.
As declarações foram feitas em Belém (PA), durante cerimônia em uma comunidade indígena que contou com a participação do presidente da França, Emmanuel Macron.
Após confundir Macron com o ex-presidente Nicolas Sarkozy, Lula disse que “os conservadores brasileiros costumam dizer que os indígenas já têm muita terra”.
Segundo o presidente, a extensão de 14% do território nacional em terras demarcadas não é suficiente para os indígenas exercerem suas atividades e sua cultura.
“É por isso que o governo que mais demarcou terras indígenas nesse país vai continuar demarcando terras indígenas e parques de reservas florestais”, afirmou o presidente.
A disputa em torno das demarcações é o principal ponto de divergência entre Lula e o setor do agronegócio, fortemente representado no Congresso.
O presidente disse a Macron que o Brasil quer liderar a agenda ambiental e a redução do desmatamento, mas que precisará da ajuda “dos países que já derrubaram suas florestas”.
Também afirmou que o objetivo não é tornar a Amazônia um santuário, mas sim um destino internacional de pesquisas e de riqueza em biodiversidade.