Inovação está sendo planejada na Índia
Agrolink
– Leonardo Gottems
A SaliCrop está conduzindo experimentos pioneiros de cultivo com água salgada – Foto: Fonte Verde Agro
A agricultura enfrenta desafios significativos no mundo moderno, desde mudanças climáticas até escassez de recursos. Entre esses desafios está a salinização do solo, um problema crescente que limita as áreas disponíveis para cultivo. No entanto, cientistas estão explorando soluções inovadoras para superar essa adversidade, e uma startup israelense, a SaliCrop, está liderando a vanguarda dessa revolução agrícola.
A SaliCrop está conduzindo experimentos pioneiros de cultivo com água salgada, uma abordagem que desafia as convenções tradicionais da agricultura. Com testes em andamento na Espanha, os resultados preliminares são promissores, mostrando um aumento impressionante de 10% a 17% na produtividade do cultivo de tomate. Isso não só representa um avanço significativo em termos de rendimento, mas também destaca o potencial para transformar terras anteriormente impróprias para a agricultura em áreas produtivas.
Além dos benefícios para a agricultura, essa inovação tem implicações importantes para regiões como a Índia, onde a salinização do solo é uma ameaça iminente. Com quase metade de seu território já afetado e previsões sombrias indicando que mais de 50% do país poderá ser impactado até 2050, a necessidade de soluções sustentáveis é urgente. A técnica desenvolvida pela SaliCrop, que envolve a modificação genética das sementes para crescerem em solo salino, oferece uma esperança real para enfrentar esse desafio.
?ca Godbole, bióloga molecular e cofundadora da SaliCrop, explica que a chave para o sucesso está na exposição das sementes ao estresse ambiental desde o início de seu ciclo de crescimento. Isso permite que as plantas desenvolvam defesas naturais contra condições adversas, como a salinização do solo, tornando-as mais resistentes e adaptáveis.
“As plantas têm certos genes induzíveis por stress ambiental que atuam como alarmes internos e quando há muito sal ou muito calor, esses alarmes disparam e a planta entra no modo de defesa”, comenta.