A Polícia Civil de Campo Grande investiga a morte de um adolescente, de 12 anos, com tiro na cabeça, na noite de sábado (25). O menino manuseava a arma do avô, calibre 38, em um dos quartos da casa da família, no bairro Ouro Verde, quando ocorreu o disparo.
De acordo com a delegada Karen Viana Queiroz, da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), os próprios familiares socorreram o adolescente. “Tinha sinais de arrombamento na porta para indicar que a criança estava trancada, foi arrombada pelos familiares”, explicou.
Foi o tio do menino que arrombou a porta do quarto ao escutar o barulho de tiro. Ele socorreu o sobrinho até o Hospital Regional, mas o adolescente não resistiu.
“Não se sabe onde a arma de fogo estava guardada e o adolescente não tinha costume de manusear, nem habilidade. Essa arma deveria estar em local baixo, de fácil acesso”, ressaltou Karen.
Ainda segundo a delegada, tudo indica que a arma do avô estava com registro vencido. Ele ainda não compareceu à delegacia, mas deve prestar depoimento, nos próximos dias.
Investigação
Além de possível disparo acidental, a polícia não descarta outras situações que podem ter resultado na morte do adolescente.
“Boletim de ocorrência foi registrado como morte a esclarecer. Tem indícios de disparo acidental, ou suicídio, mas essa questão do suicídio, geralmente há um histórico prévio de depressão, algo de comportamento, mas nada foi relatado pela família, por enquanto”.
À reportagem, uma pessoa da família, que não quer ser identificada, afirmou acreditar que o menino pode ter tentado tirar uma foto, ou gravar um vídeo, segurando a arma. Um celular foi encontrado próximo ao local onde ele caiu.
Para a polícia, essa possibilidade é quase nula. “Quando o tio entrou no quarto para socorrer a vítima, o celular estava sobre a cama, não é compatível com a criança estar filmando no momento que manuseou a arma de fogo. Tudo indica, ele estava sentado e houve o disparo, caiu pro lado direto”, avaliou a delegada.
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Campo Grande
Polícia Civil