Vereador Paulo Henrique sai de férias após período de licença expirar | …

O vereador Paulo Henrique (MDB) reassumiu o mandato após passar pouco mais de um mês afastado do cargo ao ser alvo da Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (Ficco) em junho deste ano. O parlamentar foi citado no inquérito por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho, facção atuante em Mato Grosso. No entanto, não consta na lista dos 14 denunciados à Justiça nessa segunda-feira (15).

Enquanto esteve ausente, sua cadeira foi ocupada pelo suplente, Raulfrides Macedo (MDB). Com o fim da licença não remunerada, a presença de Paulo Henrique era aguardada na sessão desta terça-feira (16), no entanto, ele enviou uma justificativa de ausência. Desta forma, com a Câmara entrando de recesso parlamentar, o vereador é aguardado na sessão do dia 6 de agosto. 

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Paulo Henrique vereador

Paulo Henrique negou qualquer participação no esquema criminoso e sustenta que seu único elo com o caso é a amizade pessoal que ele tem com o produtor Rodrigo Leal, preso na operação e denunciado pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Rodrigo tornou-se servidor do Legislativo após ser indicado pelo vereador. Além da amizade com Rodrigo, o parlamentar tinha outros dois alvos da operação lotados em seu gabinete. Ambos acabaram sendo exonerados pela Câmara de Cuiabá.

Comissão de Ética

Diante da operação, vereadores da oposição protocolaram na Câmara de Cuiabá, um pedido de abertura de investigação na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar contra Paulo Henrique. No entanto, um mês se passou e a Comissão de Ética não “destravou” a pauta, sob a justificativa de ausência informações. Aliás, somente neste semana, o presidente da Comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), iria colher assinaturas para solicitar o inquérito polícial junto à Polícia Federal. Ele nega veementemente que esteja blindando o colega de base.

A operação

Cerca de 400 policiais cumpriram oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos e bloqueio de contas bancárias. Segundo o delegado Antônio Flávio, da Polícia Federal, os membros da facção adquiriram quatro casas noturnas em Cuiabá. Com ajuda de promotores, que dividiam o custeio dos eventos com integrantes do grupo e tinham participação no lucro, eles faziam shows nacionais na capital mato-grossense.



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