Vereador nega acusações e diz que não se responsabiliza por ações de servidores | …

O vereador Paulo Henrique Amorim (MDB) se pronunciou por meio de nota após ser alvo da Operação Ragnatela nesta quarta-feira (05), negando as acusações de ser parte de um esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho. Dois assessores de seu gabinete também foram alvos da operação e foram exonerados nesta tarde. Na nota, o parlamentar salienta que não tem relação com os atos praticados por seus assessores em suas vidas particulares. 

A Operação Ragnatela foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (Ficco) contra facções criminosas em Mato Grosso. A ação apura supostos crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho com o uso de casas noturnas de Cuiabá.

Reprodução

Paulo Henrique vereador

O vereador foi alvo de busca e apreensão, suspeito de ser o responsável por fazer a interlocução com os agentes públicos que facilitariam o esquema, o que ele nega.

“Gostaria de salientar que jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de shows citadas tiveram diversas fiscalizações e foram, inclusive autuadas. É importante destacar que a liberação de eventos pode ser devidamente autorizada pela Justiça, com base na documentação apresentada”, destaca.

Na nota de esclarecimento, Paulo Henrique afirma ainda que a sua defesa será elaborada assim que tiver acesso aos autos do processo, que permanecem em segredo de Justiça.

“Até o presente momento, a única informação oficial disponível é a declaração da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem a minha pessoa”, afirma.

Exonerações

Willian Aparecido da Costa Pereira, o “Willian Gordão” (dono do Dallas Bar), e Elzyo Jardel Xavier Pires (Promoter) são os assessores que foram exonerados do gabinete de Paulo Henrique nesta quarta, após serem alvos de mandados de prisão.Willian Gordão, aliás, é apontado nas investigações como “testa de ferro” do Comando Vermelho.

Leia, abaixo, a íntegra da nota de esclarecimento publicada pelo vereador:

“Em face das recentes diligencias que inesperadamente envolveram meu nome, venho a público prestar os seguintes esclarecimentos:

Inexistência de Competência na Liberação de Eventos:

Gostaria de salientar que jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de shows citadas tiveram diversas fiscalizações e foram, inclusive autuadas. É importante destacar que a liberação de eventos pode ser devidamente autorizada pela justiça, com base na documentação apresentada.

Acesso aos Autos:

Informo que minha defesa será elaborada assim que tivermos acesso aos autos do processo, os quais permanecem sob segredo de Justiça e ainda não liberado pelo Ministério Público, portanto, ainda não foram disponibilizados.

Declaração da Autoridade Policial:

Até o presente momento, a única informação oficial disponível é a declaração da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem minha pessoa. Não tenho relação com os fatos que assessores realizam em sua vida particular, quando tomado conhecimento de algo ilícito faço as medidas cabíveis de exoneração.

Estou a disposição com muita tranquilidade para contribuir com as investigações e Justiça.

Reafirmo um compromisso com a transparência e a justiça, e coloco-me a disposição para colaborar com as investigações e esclarecer qualquer dúvida que se fizerem necessárias.

Atenciosamente,
       Paulo Henrique”



Fonte