Vereador é preso suspeito de agredir e manter esposa em cárcere privado | …

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Feminic�dio, violencia dom�stica

O vereador José Soares de Souza, conhecido como Zé Fadiga (MDB), de 49 anos, foi preso em flagrante nessa sexta-feira (21), suspeito de ameaça, violência psicológica e cárcere privado contra a sua esposa, em Ribeirão Cascalheira (a 733 km de Cuiabá), onde exerce o cargo.

Segundo informações, a esposa, de 42 anos, supostamente é agredida com pancadas na cabeça, xingamentos e constantes ameaças, e há seis meses o suspeito a mantém em cárcere privado, tendo instalado câmeras de segurança na residência para monitorá-la e colocando pessoas na rua para vigiá-la, caso saia de casa.

Ela relatou que os fatos ocorriam há algum tempo, porém não havia denunciado o marido antes por medo das constantes ameaças de morte que recebia dele. A vítima procurou a Delegacia de Ribeirão Cascalheira e relatou às autoridades que o seu companheiro estaria a agredindo e mantendo em cárcere privado, sendo proibida de sair de casa sozinha e de usar meios de comunicação.

No dia 14 de junho, a vítima conta que foi novamente agredida pelo suspeito, ocasião em que pediu ajuda para um familiar escondido, porém o marido acabou descobrindo e a teria torturado. Conforme registro, haveriam vídeos das agressões praticadas pelo suspeito contra a vítima.

Na quinta-feira (20), enquanto retornavam de uma reunião política, o suspeito novamente teria ameaçado a vítima por “ter dado atenção para outras pessoas”. Elas teriam se estendido pela sexta-feira (21), ocasião em que a mulher decidiu procurar a Polícia.

Diante das informações passadas pela vítima e da coleta de evidências, os policiais de Ribeirão Cascalheira realizaram diligências que resultaram na prisão em flagrante do vereador. Ele foi conduzido à delegacia, onde foi interrogado e posteriormente autuado por violência doméstica, não sendo arbitrada fiança ao investigado, que posteriormente foi colocado à disposição da Justiça.

O delegado Diogo Jobane explica que a imunidade parlamentar do investigado é restrita a atos, palavras e gestos no exercício da função legislativa. No entanto, no caso em questão, ele estava cometendo um crime comum, sujeito às mesmas penalidades que qualquer outra pessoa.



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