O comércio varejista encerrou o mês de março em alta, o que colaborou para as vendas crescerem 2,4% no primeiro trimestre de 2023. O percentual representa o melhor resultado para os três primeiros meses do ano desde 2018.
Os dados constam da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta quarta-feira (17).
O volume de vendas do setor cresceu 0,8% em março na comparação com fevereiro, quando havia apresentado estabilidade. Os setores de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (expansão de 7,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e móveis e eletrodomésticos puxaram o resultado positivo para o mês.
“Esse aumento de 0,8% representa a saída de uma estabilidade em fevereiro para um resultado que podemos considerar como crescimento. Além disso, ao observarmos os últimos três meses juntos, vemos ganho de patamar de 4,5% em relação a dezembro do ano passado, último mês de queda”, comenta o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
O setor de supermercados, maior peso no índice, ficou estável.
Na contramão das áreas que expandiram em março, estão os setores de tecidos, vestuários e calçados, que amargou uma queda de 4,5% nas vendas; artigos de uso pessoal e doméstico; livros, jornais, revistas e papelaria; e combustíveis e lubrificantes.
“Foi um resultado bastante equilibrado na análise dos setores. Algumas atividades resultaram bem próximas da estabilidade, como foi o caso de hiper e supermercados, atividade de maior influência. Já o resultado positivo para o mês pode ser explicado também pelo fato de o setor com o segundo maior peso, de artigos farmacêuticos e perfumaria, ter subido 0,7%”, destaca Santos.
Vendas de veículos e material de construção
O IBGE também investiga, todos os meses, como estão os setores de veículos e motos, peças e peças e de material de construção — dois dos principais propulsores da economia brasileira. Em março, ambos tiveram resultados positivos.
O comércio de veículos aumentou 3,7% no mês passado — o percentual mostra a quinta alta consecutivamente deste segmento. No caso de materiais de construção, houve estabilidade (0,2%). Em fevereiro, as vendas amargado tiveram queda expressiva, de 1,8%.