O presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco, defendeu punição por infidelidade partidária aos membros da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) que não apoiarem Lúdio Cabral (PT) na disputa pela Prefeitura de Cuiabá no pleito deste ano. A discussão veio à tona após o vereador Marcus Brito Jr. (PV) se negar a apoiar o petista.
“Dentro da Federação nós não vamos permitir. A Federação é como se fosse um partido, tem um estatuto próprio e a infidelidade nós vamos cobrar, nem que seja na Justiça”, disse Barranco à imprensa nesta quarta-feira (21).
Marcus Brito JR. declarou, na última terça-feira (20), que foi liberado para não apoiar Lúdio. No entanto, admitiu que liberação nã foi documentada e que o presidente do PV em Mato Grosso, vice-prefeito de Cuiabá José Roberto Stopa, o autorizou porque já sabia do seu posicionamento.
Thaís Fávaro
O vereador lembrou que já havia “avisado” que não iria apoiar a candidatura do petista e que foi dada uma espécie de liberação para que cada membro pudesse optar por caminhar junto à Federação Brasil da Esperança ou não.
Além disso, Marcus Brito Jr. afirma que irá consultar a equipe jurídica para saber se poderá declarar apoio a outro candidato. O objetivo é fazer campanha sem ser enquadrado por infidelidade partidária, o que pode resultar na expulsão do PV e consequente cassação do registro da candidatura.
“O vereador é de outro partido, mas ele está na Federação e deve fidelidade ao candidato da Federação. Da minha parte, eu não sou presidente da Federação. Meu conselho é para que quem desvirtuar disso seja cobrado. Isso [apoiar outro candidato] é da consciência dele. Eu acho que é uma falta de honestidade”, disparou Barranco.