'Última milha': nome de operação sobre ação ilegal da Abin remete a sistema para rastrear celulares

Polícia Federal investiga servidores da Abin pelo uso irregular de sistema de geolocalização
A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (20) para apurar suposto rastreamento irregular de celulares pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi batizada de “Última Milha”.
O termo é uma tradução invertida do nome do software FirstMile (“primeira milha”), comercializado pela empresa israelense Cognyte e usado pela Abin no suposto esquema.
A troca da “primeira” pela “última” milha faz referência, segundo investigadores, à ideia de que as condutas irregulares serão encerradas a partir das investigações.
O FirstMile é um sistema que permite monitorar a localização de cidadãos a partir do GPS dos aparelhos celulares. O recurso não grampeia o conteúdo de conversas ou mensagens, mas mostra no mapa o histórico de uso dos aparelhos.
Segundo as investigações, o uso desse sistema sem aval da Justiça para monitorar os donos desses aparelhos é completamente irregular.
Abin monitorou localização de cidadãos brasileiros no governo Bolsonaro
A operação
A Polícia Federal cumpre mandados nesta sexta-feira (20) para apurar supostas irregularidades na conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a investigação, eles usaram sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.
O material divulgado pela PF não informa a data dos supostos crimes. A TV Globo apurou que as condutas teriam ocorrido durante a gestão Jair Bolsonaro, quando a agência era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem.
Ao todo, a PF cumpre 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal.
A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, como parte do inquérito das fake news. Os detalhes são mantidos em sigilo.

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