Trump escolhe defensor da separação de famílias ilegais nos EUA como 'czar da fronteira'


Tom Homan trabalhou no primeiro mandato do republicano como diretor de imigração e ficou conhecido pelos posicionamentos controversos. Diretor ficará responsável por deportações. Tom Homan em setembro de 2019
REUTERS/Jonathan Ernst
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) que escolheu Tom Homan como o responsável por cuidar das fronteiras do país no próximo governo. Homan foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump.
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Em uma rede social, o presidente eleito disse que Homan será o “czar da fronteira” no próximo mandato dele. “Czar” era como eram chamados os imperadores russos que até o início do século 20 tinham poderes plenos.
Durante a campanha presidencial, Trump costumava chamar a adversária Kamala Harris de “czar da fronteira”. O objetivo dele foi responsabilizar a democrata pelas políticas imigratórias do país, das quais era crítico.
“Conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor em policiar e controlar nossas fronteiras. Da mesma forma, Tom Homan ficará encarregado de todas as deportações de estrangeiros ilegais de volta ao seu país de origem”, publicou Trump em uma rede social.
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Homan já era cotado para um cargo na Segurança Interna dos Estados Unidos. Durante o primeiro mandato de Trump, ele foi muito criticado por ser um dos defensores da separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente para o país.
No novo governo, ele ficará responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea voltada ao tema imigratório.
Uma das promessas de campanha de Trump é promover a maior deportação em massa de imigrantes ilegais da história dos Estados Unidos. O presidente eleito ainda não deu detalhes de como funcionará a medida.
Homan foi muito citado e elogiado por Trump na campanha presidencial.
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Operação ‘humana’
No domingo (10), Tom Homan deu uma entrevista à Fox News, em que comentou a política imigratória do novo governo Trump.
Segundo o futuro diretor, militares não devem ser usados para localizar e prender imigrantes legais no país. Ele também defendeu uma abordagem “humana”.
“Será uma operação bem dirigida e planejada, realizada pelos homens do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA”, disse. “Eles são bons nisso”, completou.
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