Estados Unidos devem propor congelamento das linhas de batalha e adiar entrada da Ucrânia na Otan. Recusa da Rússia resultaria em mais apoio americano ao governo ucraniano. Keith Kellogg durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em setembro de 2022
REUTERS/Carlos Barria
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai nomear um general para atuar como enviado especial com o objetivo de colocar um fim na guerra na Ucrânia. A escolha de Keith Kellogg, de 80 anos, foi anunciada nesta quarta-feira (27).
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Kellogg já trabalhou como chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump. Ele também atuou como conselheiro de segurança do então vice-presidente, Mike Pence.
O general elaborou um plano ao lado de outro militar para encerrar a guerra na Ucrânia. Entre os pontos para terminar o conflito estão:
Todas as linhas de batalha seriam congeladas para o início das conversas para um cessar-fogo.
EUA só fornecerão mais armas à Ucrânia se o país participar de negociações de paz.
Rússia seria alertada de que os EUA aumentariam o apoio à Ucrânia caso se negue a negociar um acordo para o fim da guerra.
Entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seria adiada.
Especialistas afirmam que o plano pode não agradar o governo ucraniano. Isso porque o país provavelmente perderia territórios para a Rússia de forma definitiva diante deste acordo.
Além disso, a Ucrânia deseja entrar na Otan, que é uma organização militar formada por mais de 30 países, incluindo os Estados Unidos. Um dos princípios do tratado é proteção mútua entre todos os membros.
A Rússia, por sua vez, argumenta que iniciou o conflito diante da ameaça de a Ucrânia ingressar na Otan. Na visão do presidente russo, Vladimir Putin, o Ocidente descumpriu uma promessa feita em 1990 de que a Otan não expandiria “nenhuma polegada na direção do Oriente”.
Sendo assim, um veto da Ucrânia na Otan no curto prazo atenderia aos interesses da Rússia.
Trump disse durante a campanha presidencial que poderia acabar com a guerra na Ucrânia em apenas um dia. No entanto, ele ainda não disse como faria isso.
Ao anunciar Kellogg como enviado especial para o conflito, o presidente eleito relembrou a carreira do general e disse que o militar esteve ao lado dele desde o início.
“Juntos, garantiremos a paz através da força e tornaremos a América e o mundo seguros novamente”, afirmou.
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