Três grupos disputam a direção do Partido Renovação Democrática (PRD) em Mato Grosso. O partido resultado da fusão entre PTB e Patriota É o que revelou o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União Brasil) ao comentar a possibilidade de migração dos descontentes do União Brasil para a nova sigla.
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Mato-grossenses Bruno Rios, Kássio Coelho, Dilmar Dal Bosco e Júlio Campos em reunião com Ovasco Resende, presidente nacional do PRD, em Brasília
O projeto inicial era o PRD abarcar os aliados do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, que querem viabilizar seu projeto à Prefeitura de Cuiabá. No entanto, não tem apoio do governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil no estado.
Acontece, que o próprio governador já confirmou que ligou para o presidente nacional do PRD, Ovasco Resende, indicando o nome de seu aliado, o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para comandar a sigla, o que atrapalharia o projeto de Botelho e de Dilmar. O objetivo seria ter o PRD como aliado nas eleições municipais, abrigando candidatos a vereador para evitar o “inchaço” nas chapas do União Brasil.
Dilmar já foi cotado para presidir a sigla, mas sem liberação do União Brasil por carta de anuência, tenta ajudar o partido, buscando emplacar o ex-presidente da Associação Mato-grossense do Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que é filiado ao PL. As articulações partidárias seguem em andamento.
Rodinei CrescêncioRdnews
Mauro Carvalho, ex-chefe da Casa Civil e aliado de primeira hora do governador Mauro Mendes, também é cotado para assumir presidência do PRD em MT
“Nós deixamos o nome do Neurilan como opção, e foi bem aceito pelo diretório nacional. Mas o problema está aí, tem três grupos, parece que querendo a questão do PRD, nós temos que resolver. Falei hoje cedo com o presidente nacional, Ovasco, para ver qual atitude e opção ele propõe. Se ele conversa com os grupos e define para nós, para que possamos mandar a nominata do diretório estadual ou da provisória, levando o nome do Neurilan”, disse Dal Bosco, nesta segunda-feira (23), em entrevista à imprensa.
Além do grupo liderado por Dilma e do governador, ainda há a terceira vertente, de figuras políticas como o ex-presidente da Aprosoja, Antônio Galvan e o ex-deputado federal Victório Galli. Ambos pertenciam ao PTB, sigla convertida na fusão e são considerados “bolsonaristas raiz”.
Annie Souza/RDNews
Bolsonarista raiz e filiado ao PTB, Antônio Galvan tamhém reivindica presidência do PRD em Mato Grosso e quer levar novo partido para a extrema-direita
Segundo Dilmar, em Mato Grosso, a sigla possui apenas 39 vereadores, e uma prefeita eleita, tudo fruto da fusão partidária. Mas ao analisar a nível nacional, o PRD conta com cerca de 1,6 milhão de filiados, sendo um dos três maiores do país. Ele citou ainda que o partido detém bom tempo de televisão e direito ao fundo partidário, o que o torna mais atrativo.