Segundo levantamento, modalidade de pagamento instantânea é a segunda mais usada, atrás apenas do cartão de crédito
Três em cada quatro consumidores brasileiros já utilizaram Pix para realizar compras online. Em paralelo a isso, 31% das pessoas já desistiram de comprar algum produto por causa das opções de pagamento disponíveis. Os dados foram revelados pela CX Trends 2023, pesquisa realizada pela Octadesk em parceria com a Opinion Box. Com a economia considerada incerta, os consumidores passaram a pesquisar mais e gastar menos. De acordo com a head de receita da Octadesk, Mahara Scholz, a experiência que as empresas oferecem pode impactar diretamente na retenção e no crescimento dos negócios. “O Pix vem justamente para ajudar nisso. Porque experiência quer dizer o que? É eu conseguir ir mais rápido o que eu queria. E o que eu queria não é necessariamente procurar um produto e colocar no meu carrinho. Eu quero o produto na minha casa. Então quanto mais rápido a gente conseguir fazer isso e antecipar essa entrega de valor para o consumidor melhor. Como a experiência é um fator decisivo, o Pix acaba acelerando um processo que antes demorava. […] Eu consigo acelerar o processo”, diz Scholz.
A pesquisa ainda revelou que, em 2022, 66% dos entrevistados pretendiam usar o Pix, que não havia completado nem dois anos de existência. Neste ano, o estudo realizado por mais de 2 mil consumidores online em todo país, descobriu que o sucesso do meio de pagamento digital e gratuito é cada vez mais evidente. Pela primeira vez, o Pix parcelado também apareceu no levantamento. “O Pix parcelado acabou de ser lançado e já aparece com 3%, mais do que boleto parcelado e muito próximo de carteiras digitais e do boleto normal em termo de representatividade. Isso mostra a facilidade e rapidez de adesão do consumidor brasileiro”, continua a head da Octadesk.
Quando questionada sobre qual seria a principal ação que as empresas poderiam adotar para melhorar a experiência de compra online, Mahara avalia a necessidade de desenvolver a facilidade de acesso ao meio de pagamento. “No físico, você tem uma pessoa te passando o papelzinho com o número do telefone, do Pix, ou um QR Code. Ou ele vem por mensagem de Whatsapp ou e-mail. A forma como a gente facilita utilizar o Pix.[…] Eu vejo que esse avanço em relação a como eu consigo passar uma informação para uma pessoa comprar, parece algo simples, mas, se você for parar para pensar no trabalho que você tem para copiar um Pix de CNPJ […] é algo que demanda muito tempo. A quantidade de etapas que eu tenho até conseguir entrar e fazer o Pix ainda é muito grande”, diz a especialista.
Já em relação à parcela dos consumidores que ainda se sentem inseguros com as compras online, a head acredita que o fator está mais relacionado com a credibilidade de cada empresa do que com o meio de pagamento escolhido. “A gente vê tanto notas no Google como no Reclame Aqui como os dois principais lugares para pesquisar antes de comprar em qualquer empresa, além de como as empresas utilizam cada canal. Como tem muitos novos canais de comunicação com o consumidor, a gente vê muitas empresas utilizando de forma não profissional (os canais). Isso passa baixa credibilidade e, por consequência, você acaba perdendo uma venda antes disso”, conclui a especialista. Dentre os meios de pagamentos preferidos, o cartão de crédito segue na liderança, com 61% das escolhas, seguindo pelo Pix à vista, com 18%, e pelo cartão de débito, com 6%.
Confira a reportagem na íntegra:
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto