Transição energética para geração verde é urgente, avalia Sindenergia | …

A discussão sobre a transição energética no país é urgente e é necessário debater os arcabouços legais e tributários para proporcionar maior segurança jurídica, visando a geração de mais energia limpa, com menor dano ao meio ambiente e menor impacto na sociedade, avaliou o presidente do Sindenergia, Tiago Vianna de Arruda, durante o XII Seminário de Energia nesta terça (21), na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

Ele ressaltou que Mato Grosso consome anualmente 11 TWh e produz cerca de 20 TWh, sendo a maior parte proveniente de fontes hídricas. A energia solar representa aproximadamente 10% da energia consumida no estado.

“Mato Grosso é líder em tamanho de mercado, embora seja o quinto em potência instalada. Ainda há espaço para expandir esse sistema, pois nossas redes conseguem suportar mais investimentos em geração. A transmissão ainda representa um gargalo. São necessários investimentos bilionários, e a iniciativa privada está pronta para realizá-los, mas é imprescindível que o setor público realize as outorgas e os leilões de forma a evitar problemas de fornecimento de energia no futuro”, declarou.

Sindenergia

Semin�rio de Energia

Para que o setor industrial de Mato Grosso cresça ainda mais, é essencial o fornecimento de energia elétrica, conforme defende o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Sílvio Rangel. No entanto, o desafio, segundo ele, não está na geração de energias renováveis, mas em garantir que essa energia chegue às empresas, indústrias e residências.

“O futuro da indústria depende tanto da geração quanto da transmissão de energia. Sem energia, o crescimento industrial de Mato Grosso e o desenvolvimento regional são inviabilizados. Enfrentamos um problema sério na transmissão de energia, que demanda investimentos no setor e aprimoramento do serviço, incluindo manutenções e a renovação das linhas, com a transição de monofásico para trifásico. Mato Grosso é autossuficiente em produção de energia, com uma matriz limpa, mas é crucial discutir como essa energia é distribuída.”

O gerente de Divisão de Infraestrutura Transição Energética e Clima do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Renato Santos, destacou a importância da transição energética como um vetor para a reindustrialização da economia brasileira. Segundo Santos, o BNDES está empenhado em apoiar a transformação da matriz econômica do país para uma mais verde e limpa, alinhada com os movimentos globais e a urgência da crise climática.

“O nosso desafio é de reindustrializar a economia com uma matriz mais verde, mais limpa e aproveitar que é um movimento global, dada a emergência climática que a gente tá vivendo, aproveitando as oportunidades de industrialização com essa matriz mais verde e trazendo desenvolvimento e emprego para o país. Esse é o nosso desafio e o papel do BNDES nessa transição”, disse.



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