O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou, mais uma vez, a conclusão do julgamento que decidirá a instauração ou não de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Wladymir Perri, que hoje atua na 2ª Vara Criminal de Várzea Grande. A votação chegou a ser reiniciada nesta quinta-feira (25), após pressão da Corregedoria Nacional de Justiça, mas foi adiada, visto que um dos desembargadores não estava presente e justificou ausência.
O magistrado é investigado por dar voz de prisão a uma mãe que se manifestou contra o acusado de matar o filho dela, durante audiência de instrução ocorrida em 2023. Em outubro do ano passado, Perri se tornou alvo de investigação após a Corregedoria Nacional de Justiça determinar a abertura de reclamação disciplinar.
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De acordo com a assessoria do TJMT, uma nova sessão do Órgão Especial será realizada de forma extraordinária. No entando, ainda não há data prevista. O caso está em segredo de Justiça.
Pressão do CNJ
Na segunda-feira (22), o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, encaminhou ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) um despacho solicitando que fosse informado, dentro de um prazo de cinco dias, a data da sessão administrativa do Órgão Especial do Tribunal para a votação.
O corregedor-geral de Justiça, desembargador Juvenal Pereira, chegou a votar favorável à abertura de um PAD contra Perri, quando o julgamento foi iniciado, mas a votação foi suspensa devido ao pedido de vista compartilhada realizada pelos desembargadores Rui Ramos Ribeiro e Paulo da Cunha.
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O juiz Wladymir Perri
Outro lado
O juiz Wladymir Perri chegou a se manifestar sobre o caso em uma carta aberta, onde se defende e diz ser vítima de armadilhas, vendo toda a situação como uma tentativa de “varrê-lo da magistratura”.