Diante da alteração do traçado do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em Várzea Grande, alcançando as avenidas Couto Magalhães e Filinto Müller, o presidente da Câmara Municipal, Pedro Tolares, o Pedrinho (União Brasil), defendeu maior diálogo entre as partes para que a área central da cidade não de torne na Avenida da FEB, cortada para a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que nunca operou.
Douglas Santos
“A gente vive momentos desagradáveis, perdemos muitos empresários na FEB, vidas foram ceifadas, há mais de 10 anos esse sofrimento. A gente vê que a Couto é uma importante via, composta por vários comerciantes”, defendeu Pedrinho, após encontro com empresários localizados da FEB.
De acordo com Pedrinho, uma audiência pública será realizada nesta semana, para esclarecer dúvidas dos comerciantes da região, que sequer foram consultados. A alteração no traçado teve como objetivo atender o maior número de trabalhores. Ele ponderou que o seu posicionamento está ligado ao pensando dos empresários, que serão os mais afetados durante o período das intervenções estruturais.
“Agora dia 22 terá uma audiência pública na Câmara de Várzea Grande, para conhecimento do projeto e posteriormente, o meu posicionamento e decisão, serão tomadas de acordo com a decisão do comércio. São eles que sofrem na pele, eles que vão sofrer as consequência, então temos que ouvi-los”, destacou.
A preocupação dos empresários é referente ao período festivo de fim de ano, época onde as vendas saltam. Com as obras, a economia certamente será afetada. Pedrinho citou que os comerciantes querem a garantia de que as obras da FEB sejam concluídas antes de iniciarem as intervenções na Couto Magalhães e na Filinto Müller.
“Nós sabemos que o fim de ano é importante para o comércio, e acima de tudo, nós temos que ter uma segurança da obra. Na verdade há várias frentes de serviço na FEB ainda, ela está há mais de 10 anos abertas com várias crateras, eles tem que no mínimo finalizar a FEB primeiro, para dar uma segurança para os demais comerciantes, que vai abrir a Couto e finalizar a FEB. Hoje há uma segurança muito grande dos comerciantes e da população”, pontuou o presidente.
Por fim, pontuou que a Câmara e a população não foram consultadas, sendo uma decisão que partiu da Prefeitura e dos técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT): “Acho que foi uma falha tomar essa decisão antes de ouvir a comunidade e a Câmara”.