Ex-comandante da Força Aérea paraguaia e diversos militares foram presos; veja lista. O argentino Diego Hernan Dirísio, principal investigado na operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (5) fugiu e ainda não foi encontrado, segundo fontes da PF ao blog.
Ele é suspeito de fazer parte de um esquema que entregou 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho —, movimentando R$ 1,2 bilhão.
Segundo o blog apurou, a Polícia Federal tem conversas de Dirísio indicando que a operação que raspava o número nas armas e os logos. Além disso, há suspeita por parte da Interpol de que ele também fabricava fuzis com logo falso.
Ele é considerado pela Polícia Federal como o maior contrabandista de armas da América do Sul. O blog teve acesso a um vídeo que mostra o local em que as armas eram raspadas (veja abaixo).
Vídeo mostra local em que armas eram raspadas no Paraguai antes de entrar no Brasil
As investigações indicam ainda que havia corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema.
Há indícios de que militares da DIMABEL receberam propina para facilitarem a importação de armas pela IAS, empresa usada pelo argentino Dirísio para realizar o contrabando (veja abaixo a foto realizada no órgão).
Operação realizada na DIMABEL
Divulgação
Presos no caso
Segundo apurações do blog, as pessoas presas até a última atualização desta reportagem foram:
General Jorge Antonio Orue Roa (ex-diretor da DIMABEL, no período que a empresa IAS realizou muitas importações);
Coronel Bienvenido Santiago Fretes (encarregado do departamento de Registro Nacional das Armas da DIMABEL);
Tenente Cinthia Maria Turro Braga (encarregada de estar à frente da parte da Assessoria jurídica do Registro Nacional de Armas da DIMABEL);
Capital Josefina Cuevas Galeano (era chefe de importações)
Outros envolvidos também foram presos nesta terça-feira: Arnaldo Andrés Cubas Cantero; Maria Mercedes Ocampos Centurión; Manoel Antonio Gómez Ojeda; Eliane Magali Marengo Subeldia; Arturo Javier González Ocampos; Manuel Antonio Gomez Ojeda; Ángel Antonio Flecha Barrios; Ricardo Luiz Morra Gaeda; Paulo César Fines Ventura e Aldo Cantero Cáceres.
Na casa de Arturo Javier González foi encontrado um quadro onde mostra o símbolo de comandante quatro estrelas da Força Aérea do Paraguai (veja abaixo).
Quadro com símbolo de comandante
Polícia Federal
Fonte