O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou que não teme ter seu projeto eleitoral prejudicado por estar atrelado ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que não pode ir à reeleição. A sigla de Stopa integra a Federação Brasil da Esperança, formada também por PT e PCdoB, e tem encontrado dificuldades para alavancar seu projeto dentro do grupo político.
Rodinei Crescêncio
Stopa argumenta que cada representante tem o seu próprio CPF, sendo assim, respondem por seus atos e não crê que possa ser afetado negativamente por ter o apoio de Emanuel.
“Eu tenho meu CPF, minha digital. Emanuel tem o CPF dele e eu o meu, Emanuel cuida do dele e eu do meu, Botelho cuida do dele e cada um tem a sua história e eu acredito na minha história”, disse ele, nesta sexta-feira (21).
Vários políticos de oposição e muitos filiados ao Movimento Democrático Brasileiro enxergam a figura de Emanuel como um verdadeiro entrave.
No MDB, o grupo contrário a Emanuel afirma que o prefeito da Capital tem sido o repelente para novos filiados, que não querem ter sua imagem associada ao político. Quanto à sucessão, avaliam qe tem atrapalhado o crescimento de Stopa.
O PT de Cuiabá, insistentemente, defende que a Federação caminhe em um projeto de oposição a atual gestão, que tem sido alvo de operações policiais, sofre intervenção na Saúde por ineficiência e tem problemas graves na malha asfáltica da cidade. Além disso, rivalidades pessoais entre Emanuel e o governador Mauro Mendes (União Barsil) atrapalham investimentos na Capital do Estado.
Nem mesmo a vinda da presidente nacional do PT em Cuiabá, Gleisi Hoffmann, parece ter sido o suficiente para acalmar os ânimos. A dirigente defendeu que é necessário respeitar os acordos que foram firmados durante às eleições de 2022, quando Emanuel atuou de maneira ativa nas construções partidárias, em que sua esposa Márcia Pinheiro (PV) estabeleceu palanque para Lula (PT) e disputou o Governo do Estado.
Sendo assim, tudo será conversado na mesa das negociações e Stopa ainda não é “carta fora do baralho”. O assunto deve ser tensionado até às convenções, onde sairá o candidato escolhido do grupo.