O serviço de valores a receber do BC (Banco Central) ainda tem R$ 6,2 bilhões esquecidos, após mais de dois meses da retomada da plataforma que libera saque de dinheiro deixado em conta de bancos e em instituições financeiras. Até agora foram resgatados 36,8% do total disponível, de R$ 9,9 bilhões, no SVR (Sistema de Valores a Receber), de 7 de março a 8 de maio.
Para o cidadão saber se tem direito, é preciso entrar no site do SVR e clicar em “Consulte valores a receber”. Preencher o campo do CPF ou CNPJ e informar a data de nascimento.
Dos R$ 3,6 bilhões recuperados, R$ 2,7 bilhões retornaram para o bolso de 12,6 milhões de consumidores. Os demais R$ 897,2 milhões foram liberados para 447.470 empresas, de acordo com dados do BC.
Entre os clientes com valores a receber, o que pode incluir a repetição do número de destinatários, sete de cada dez (71,7%) têm recursos esquecidos nos bancos. Administradoras de consórcio (20,5%), financeiras (7,6,9%), cooperativas (5,1%) e instituições de pagamento (4,1%) também aparecem na lista.
Em termos de valores ansiosos, a maior parcela dos esquecimentos (72,4%) não ultrapassa os R$ 10. Resgates disponíveis acima de R$ 1.000, por sua vez, representam apenas 1,5% dos recursos disponibilizados pelo SVR (Sistema de Valores a Receber).
O maior valor solicitado por um usuário pessoa jurídica (empresa) foi de R$ 3,2 milhões. Já por pessoa física o maior foi de R$ 749,4 mil.
Na primeira fase do programa de devolução dos recursos esquecidos, de março a abril de 2022, foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões. No entanto, apenas 8,2% (R$ 321 milhões) foram solicitados pela plataforma do BC, sendo R$ 306 milhões por pessoas físicas e R$ 15 milhões por empresas.
Como recuperar os valores
Para consultar se você é um dos contemplados com os valores a receber, basta acessar o sistema no site do Banco Central e preencher os campos com o CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).
Se houver algum valor a ser resgatado, é possível clicar no botão “Acessar o SVR” e você será redirecionado para obter mais informações e verificar como solicita os recursos. Para isso, é necessário ter uma conta nível prata ou ouro no sistema do governo federal, o gov.br.
Já no sistema, clique no botão “Meus valores a receber”. Leia e aceite o Termo de Ciência. Depois disso, você poderá ver o total a receber, o nome e os dados da instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a ser resgatado.
Em seguida, siga as orientações indicadas:
• Se o sistema oferece a opção “solicitar por aqui”:
Selecione uma de suas chaves Pix (campo obrigatório) e informe seus dados pessoais; e guarde o número de protocolo, para entrar em contato com a instituição, se necessário. Nesse caso, você receberá o valor em até 12 dias úteis;
• Se o sistema oferecer a opção “solicitar por aqui”, mas não apresentar a chave Pix disponível para seleção:
Entre em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Nesse caso, a instituição financeira não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis; ou, se preferir, crie uma chave Pix e volte ao sistema para pedidos o valor.
• Se o sistema não oferece a opção “solicitar por aqui”:
Entre em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Nesse caso, a instituição financeira não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis.
O Banco Central alerta para os seguintes cuidados
• O único site para consultar e saber como solicitar a devolução dos valores, da empresa ou de pessoas falecidas é o https://valoresareceber.bcb.gov.br
• Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos. Não faça nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores
• O Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais
• Somente uma instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode contatar você e ela nunca vai pedir sua senha
• Não clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram