O senador Wellington Fagundes (PL) não vê chances de qualquer pedido de impeachment contra o presidente da República Lula (PT) avançar no Congresso Nacional devido ao que classifica de “subserviência” dos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD). Ambos pertencem à base de sustenção do Governo Federal.
Thaís Fávaro/Rdnews
No mais recentes pedido, a oposição acusou Lula de crime de responsabilidade, ao ter se manifestado contrário aos ataques de Israel contra o povo palestino, na tentativa de perseguição do grupo terrorista Hamas. Na fala, o petista comparou a situação dos palestino com o Holocausto judeu.
“O sistema presidencialista brasileiro é muito forte, tanto é que o próprio presidente da República, governadores, prefeitos e principalmente os presidentes da Câmara e Senado, eles detém esse poder individual de colocar uma matéria ou não, mesmo com as lideranças [parlamentares] tendo unanimidade, eles tem essa prerrogativa”, argumentou o senador.
Wellington disparou contra dupla Lira e Pacheco, argumentando que quando se é eleito com apoio de um determinado candidato, a tendência é de que eventuais processos não andem nas duas casas legislativas.
“Muito, muito e muito pouco provável [que impeachment seja pautado]. O Rodrigo foi eleito com apoio do Governo Lula, então por isso, às vezes quem é eleito com apoio do Governo Federal, ele está ali para servir ao Governo Federal. Por isso que às vezes uma candidatura de oposição é importante, não só para questionar, mas para fazer um contraponto”, declarou.
No Governo Jair Bolsonaro (PL) pedidos de impeachmen também não avançaram, mesmo com atuação questionável no combate à pandemia de Covid-19 e na tensão permanente com os Poderes, que resultaram na derrota eleitoral quando tentou a reeleição. Da mesma forma, tendência é de que o pedidos contra Lula não prosperem.