Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata foi criada no início do governo com previsão de ser extinta em junho. Órgão fica fora do Gabinete de Segurança Institucional, palco de crise após ataques de 8 de janeiro. Presidente Lula (PT) e seu vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB)
Ricardo Stuckert
A Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata pretende ampliar o número de agentes que fazem a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice presidente Geraldo Alckmin (PSB) e familiares deles. A proposta é que 500 policiais federais façam parte da equipe até 30 de junho. Atualmente são 300 agentes. A Secretaria também pretende abrir um escritório de representação em São Paulo.
A Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, que fica sob comando do Gabinete Pessoal do Lula, pretende se tornar um órgão permanente. Hoje, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) é responsável pela coordenação da área de inteligência do governo.
Uma nova proposta com mais atribuições de segurança para civis deve ser apresentada à cúpula do Governo ampliando a atuação de civis dentro da estrutura de segurança. A medida tem que ser tomada até 30 de junho, que é a data prevista para extinção da Secretaria.
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A segurança de Lula hoje é responsabilidade do delegado federal Alexsander Castro de Oliveira, que já estava na equipe desde a campanha eleitoral. Desde a transição, os delegados próximos ao presidente defendem que a atribuição não deve ser exercida por militares para que o Brasil esteja alinhado com modelo praticado pelas principais democracias do mundo.
O debate ganhou mais visibilidade após ataques golpistas de 8 de janeiro. A ideia da prorrogação da Secretaria ocorreu após a exoneração de Gonçalves Dias, que foi exposto com a divulgação das imagens dos ataques dentro do Planalto. Na semana passada, o novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tomou posse.
Em entrevista à GloboNews, General Marcos Amaro defendeu que algumas atribuições só podem ser exercidas por militares, mas o presidente Lula quer a ampliação na participação de civis.
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