São Paulo lidera casos de mpox no Brasil, segundo boletim do Ministério da Saúde

O estado de São Paulo concentra mais da metade dos casos de mpox registrados no Brasil em 2024, com um total de 427 registros confirmados ou prováveis, representando 51,5% do total de 836 casos no país. Este número é 112 casos a mais do que o contabilizado entre janeiro e julho deste ano, conforme o último boletim do Ministério da Saúde divulgado na última semana.

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Após São Paulo, os estados com o maior número de casos são Rio de Janeiro (194), Minas Gerais (50) e Bahia (35). Seis estados brasileiros (Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso) não registraram nenhum caso confirmado ou provável de mpox. Em termos de cidades, São Paulo lidera com 322 registros, seguida por Rio de Janeiro (177), Belo Horizonte (43) e Salvador (30).

Até o momento, foram registradas 61 hospitalizações por mpox em todo o Brasil, com cinco casos necessitando de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Não houve registro de óbitos pela doença em 2024, nem casos relacionados ao novo subtipo do vírus que preocupa as autoridades internacionais.

Emergência global e medidas do governo

No dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reclassificou a mpox como uma emergência global de saúde devido à confirmação de casos entre crianças e adultos em mais de uma dúzia de países, além da disseminação de uma nova forma do vírus. O Ministério da Saúde do Brasil tem reportado regularmente à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e realizado treinamentos para agentes e parceiros do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil como parte das medidas de controle e prevenção da doença.

Histórico e perfil dos casos de mpox no Brasil

Em 2022, o Brasil registrou 10.648 casos confirmados de mpox e 14 mortes. Em 2023, foram contabilizados 853 casos e duas mortes. O perfil dos casos confirmados e prováveis em 2024 permanece majoritariamente masculino (95,2%) e na faixa etária de 18 a 39 anos (72,1%). Não foram registrados casos em gestantes, e houve apenas uma ocorrência entre um paciente de 0 a 4 anos.

Sobre a doença

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é caracterizada por sintomas como lesões na pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões podem ser planas ou elevadas, com líquido claro ou amarelado, e geralmente surgem no rosto, nas mãos e nos pés. A transmissão ocorre principalmente por contato próximo com pessoas infectadas, especialmente por vias sexuais, com um período de incubação de três a 16 dias.

A reclassificação da doença como emergência global ressalta a necessidade de vigilância contínua e medidas preventivas para conter a disseminação do vírus no Brasil e em outros países afetados.

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