Rússia fará exercícios navais em Cuba; EUA vão monitorar


Governo norte-americano não consideram a chegada de um pequeno número de aviões e navios uma ameaça, mas a Marinha americana vai monitorar os exercícios, disse um oficial dos EUA. Em imagem de arquivo, fragata russa chega a Havana, em Cuba, em 2019.
Ramon Espinosa/ AP
O governo de Cuba afirmou nesta quinta-feira (6) que navios de guerra da Rússia vão chegar ao litoral da ilha na semana que vem. Os cubanos disseram que as embarcações não levam armas nucleares e não são uma ameaça regional, mas a atividade será monitorada por Washington.
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Na quarta-feira (5), uma autoridade do governo dos Estados Unidos afirmou que a Rússia tinha planos para enviar embarcações de combate para a região do Caribe para fazer exercícios navais —o oficial americano já havia citado a possibilidade de os navios irem para Cuba e também para a Venezuela.
O Ministério de Relações Exteriores de Cuba afirmou em nota que a visita está dentro das previsões de regulamentações internacionais e que se trata de operação entre dois países com uma amizade histórica.
“Nenhum dos barcos carrega armas nucleares, então a parada no nosso país não representa uma ameaça para a região”, diz o texto.
Marinha americana vai monitorar exercícios
Navio militar russo que foi usado na guerra na Ucrânia
Mil.ru/CC
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a relação do governo russo com os EUA piorou. Segundo autoridades americanas, é comum que navios russos naveguem pelo Oceano Atlântico, mas desde o começo da guerra essa atividade se intensificou.
Os EUA não consideram a chegada de um pequeno número de aviões e navios uma ameaça, mas a Marinha americana vai monitorar os exercícios, disse um oficial dos EUA na quarta-feira.
Espera-se que os navios russos cheguem ao porto de Havana entre 12 e 17 de junho, segundo a declaração cubana.
Guerra na Ucrânia
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Desde o começo da guerra, países do Ocidente deram armas para que a Ucrânia se defendesse da invasão russa.
Recentemente, houve uma mudança: os governos desses países permitiram que as forças ucranianas usem essas armas para atacar território russo.
Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que essa decisão é uma escalada séria, e que, se essas armas forem empregadas, provavelmente isso será feito com o uso de militares e sistemas dos países ocidentais.
O presidente Joe Biden, dos EUA, não autorizou a Ucrânia a usar todas as armas fornecidas pelos EUA contra território russo —os mísseis ATACMS, que têm alcance de até 300 km, não podem ser empregados contra a Rússia.
Putin afirmou que se forem usados ATACMS americanos ou mísseis Storm Shadow, do Reino Unido, Moscou vai responder de maneira mais forte. Veja o que o presidente russo afirmou:
“Nós vamos melhorar nossas defensas aéreas para destruí-los. Em segundo lugar, se alguém pensa que é possível enviar armas como essas a uma zona de guerra para atacar nosso território e criar problemas para nós, então por que nós não teríamos o direito de enviar as nossas armas de mesma classe para regiões do mundo onde ataques podem ser feitos contra instalações dos países que fazem isso contra a Rússia? A resposta pode ser assimétrica. Se virmos que esses países estão sendo atraídos para uma guerra contra a Federação Russa, nós nos damos o direito de agir de forma igual.”
Vladimir Putin durante entrevista em 5 de junho de 2024
Vladimir Astapkovich/Sputnik/Via Reuters

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