Após 13 anos de uma guerra civil sangrenta, rebeldes derrubaram o regime de Bashar al-Assad (foto em destaque) na Síria, neste sábado (7/12).
Os rebeldes sírios liderados por radicais islâmicos anunciaram na televisão pública da Síria a queda do presidente Bashar al-Assad e a “libertação” da capital Damasco, segundo a RFI. O paradeiro de Assad é desconhecido até o momento.
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No comando do país desde 2000, o ex-presidente não resistiu à pressão da última ofensiva de grupos opositores liderados pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), que desde 27 de novembro tomaram importantes regiões do território sírio.
Assad comandou a Síria por 24 anos, e viu o país mergulhar em um conflito interno em 2011 após uma onda de protestos contra seu governo.
Com a ajuda de aliados como a Rússia e o Irã, ele conseguiu retomar algumas áreas dominadas por grupos de oposição. Sob seu governo, a Síria também viu a ascensão do Estado Islâmico (Isis), que chegou a controlar diversas regiões do país até perder seu último reduto no território sírio, em 2019.
Apesar de a situação na Síria aparentar relativa calma nos últimos anos, a hegemonia de Assad no poder voltou a ser ameaçada no fim de novembro, após a ofensiva liderada pelo HTS.
Rapidamente, o grupo jihadista e aliados conquistaram diversas regiões sírias, começando pela segunda maior cidade do país, Aleppo. Nas primeiras 96 horas de conflito, a estimativa é de que os rebeldes tenham capturado cerca de 50 regiões por dia.
Depois de capturar algumas províncias do país, ocupando cidades como Aleppo, Hama e Homs, os jihadistas iniciaram um cerco contra a capital do país e sede do governo, Damasco, neste sábado (7/12).