Com o calendário global do café passando por uma fase de transição com a aproximação da safra 23/24, os preços recentemente caíram sob a influência de indicadores macroeconômicos.
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Segundo dados da análise divulgada pela hEDGEpoint Global Markets, em julho, por exemplo, os preços do café apresentaram uma correlação positiva com o Índice do Dólar, enquanto em agosto a correlação se inverteu e intensificou. Esta semana, especialmente, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimentos de 5 e 10 anos voltaram aos níveis de 2022, e o rendimento do título de 30 anos atingiu o nível mais alto desde 2008.
De acordo com a analista de Café da hEDGEpoint Global Markets, Natália Gandolphi, a dinâmica reflete inquietação em relação ao pico dos aumentos das taxas do Fed, com a economia dos EUA ainda mostrando inflação resiliente, o que exigiria medidas de aperto adicionais. “A movimentação é baixista para os preços das commodities, uma vez que investidores antecipam taxas de juros mais altas pela frente e/ou aumento da demanda por títulos – ambos os quais tendem a reduzir a demanda dos especuladores por commodities – e também têm o potencial de impactar a atividade econômica”, explica.
Consequentemente, com poucas reviravoltas nos principais fundamentos do mercado de café e mais força no Índice do Dólar, os preços continuaram a cair, com o nível de 145 centavos/libra sendo um marco importante – o mais baixo desde janeiro.