53% dos entrevistados acham que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, tende a usar critérios técnicos e 28%, que não.
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) indica que 66% dos entrevistados concordam com as críticas de Lula (PT) à política de juros do Banco Central.
Já 23% dos entrevistados não concorda com as falas do petista nesse sentido e outros 11% não sabem ou não responderam. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos para mais ou para menos.
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro para o conjunto da população é 2 pontos para mais ou para menos.
Entre os eleitores que votaram no petista no 2º turno da eleição presidencial em 2022, 77% concordam com as críticas. Entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL) – responsável por indicar o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto -, o percentual é de 51% (a margem de erro nesses dois grupos é de 4 pontos percentuais.)
Lula tem criticado o atual patamar da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, que é definida pelo BC, e atacado Campos Neto, a quem acusa de ter “lado político” e trabalhar “para prejudicar o país”.
“O presidente do Banco Central é um adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança que nós fazemos. Ele foi indicado pelo governo anterior e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança, ele está preocupado é com o que ele se comprometeu”, disse o petista em 21 de junho.
Para 53% dos eleitores entrevistados pela Quaest, Campos Neto tende a usar critérios técnicos para conduzir a autoridade monetária. Outros 28% consideram que não, e 19% não souberam ou não responderam.
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Para alguns analistas, falas de Lula – inclusive as contra o presidente do Banco Central – têm contribuído para a alta do dólar. Desde o final de maio, moeda americana acumula subiu mais de 6%.
Para 53% dos eleitores, as afirmações do presidente não são a principal razão para o aumento do dólar. Outros 34% acham que, sim, são o principal fator. E 13% não sabem ou não ersponderam.
Para 70% dos eleitores a recente alta do dólar vai afetar o preço dos alimentos e dos combustíveis no Brasil (18% acreditam que não e 7% não sabem ou não responderam).
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