Programa reavalia funcionalidade de mais de 100 adjuvantes

Adjuvantes não são regulados por orgãos oficiais



“O selo de funcionalidade transfere reputação de qualidade aos produtos aprovados"
“O selo de funcionalidade transfere reputação de qualidade aos produtos aprovados” – Foto: Pixabay

O programa ‘Adjuvantes da Pulverização’, coordenado pelo pesquisador Hamilton Ramos em parceria com o Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), visa promover a qualidade dos adjuvantes agrícolas. Cerca de 50 empresas participam, buscando o Selo IAC que certifica a funcionalidade desses produtos. Ao contrário dos agroquímicos, o setor de adjuvantes não é regulado por órgãos oficiais, o que pode resultar na circulação de produtos de baixa qualidade. 

Os adjuvantes são químicos adicionados à calda de agrotóxicos durante a aplicação, conferindo propriedades essenciais para a eficácia dos tratamentos nas lavouras. “Essa brecha abre margem à circulação de adjuvantes de má-qualidade, ao mesmo tempo que exige de boas empresas a busca por mecanismos que atestem a qualidade de produtos. Bons adjuvantes fomentam produtividade; produtos ruins trazem danos”, diz ele.

Ramos, diretor do CEA-IAC, explica que os adjuvantes agrícolas são substâncias adicionadas à calda de agrotóxicos durante a aplicação, conferindo propriedades adesivas, espalhantes e umectantes para garantir a eficácia dos tratamentos nas lavouras. Atualmente, mais de 100 produtos adjuvantes estão passando por reavaliação para renovar sua certificação de funcionalidade. O programa possui um laboratório no CEA-IAC em Jundiaí, São Paulo, capaz de realizar testes para verificar as especificações indicadas nos rótulos desses produtos.

“O selo de funcionalidade transfere reputação de qualidade aos produtos aprovados”, acrescenta Ramos. De acordo com ele, quando associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade implica perdas relacionadas a investimentos do produtor nos tratamentos ante pragas, doenças e plantas daninhas, “que exigem somas elevadas na safra”.
 



Fonte