Produtora do Maranhão aumenta produção de coentro em 20 vezes

Uma produtora rural de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, conseguiu superar desafios e transformar uma pequena plantação de hortaliças na principal atividade da família. Tudo isso com a ajuda da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Na Chácara Duas Irmãs, Maria dos Santos, mais conhecida como Dona Didi, enfrentou muitos desafios em seus canteiros de coentro e cebolinhas. Para ela, tudo parecia ser impossível de ser resolvido. O clima quente e a falta de conhecimento no manejo do solo eram os principais problemas para o desenvolvimento da lavoura.

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A família enfrentou desafios, mas com a ajuda da ATeG do Senar, passou a seguir orientações para aumentar o cultivo e aumentar a renda.

Dona Didi também aprendeu a utilizar o caderno de anotações do produtor rural e melhorou o controle das despesas e receitas. “Não tinha como a gente ganhar dinheiro. Não tinha como vender a produção e ter dinheiro para manter as coisas em casa”, relata.

O técnico de campo, Isaias dos Santos, traçou um plano estratégico e iniciou o processo de estudo e correção do solo. “As plantas enfrentavam infestações por pragas e doenças, o que reduzia o potencial produtivo das culturas”. Com a utilização do caderninho do produtor, foi possível planejar no curto, médio e longo prazo.

Isaias dos Santos, técnico de campo da ATeG do Senar, faz atendimento na propriedade

O trabalho da assistência técnica e gerencial foi divido em três etapas. No curto prazo e com a ajuda do técnico, eles melhoraram o solo e controlaram os gastos com o cultivo das hortaliças.

Já no médio prazo, montaram um sistema de cultivo protegido e incentivaram a alternância de culturas. No longo prazo, passaram a controlar plantas daninhas, adotar práticas de conservação do solo e implementar um modelo de irrigação por gotejamento.

Após um período, os resultados começaram a aparecer. Se antes a Dona Didi colhia 10 maços de coentro, hoje, depois da Assistência Técnica e Gerencial do Senar, a quantidade subiu para 200, um aumento de 1900%.

Junto com o aumento da produção vieram as conquistas pessoais. Dona Didi se orgulha da construção de uma nova casa e continuou investindo na capacitação da família.

“Já foram 26 cursos para a minha neta através dessa horta também. Hoje ela tem esses cursos e a gente quer que ela faça uma faculdade. E o investimento vai sair daqui também”, comemora a produtora rural.

Das hortaliças para as frutas

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Brenda Souza, neta de Dona Didi, também comemora as conquistas. “Mudou tudo. A gente não tinha renda, não tinha nada. Mudou tudo, de onde a gente tira o nosso sustento. Eu não me vejo em cidade grande, onde a minha mãe mora. Sou muito feliz aqui com eles”.

Os planos e metas começam a tomar forma na Chácara Duas Irmãs. “Eu sonho em fazer um plantio de 400, 500 pés de quiabo. Quero fazer um plantio de maracujá, outro de acerola e conseguir ir para frente com as minhas plantinhas de cheiro-verde. Quero fazer um poço artesiano e fazer meus plantios para trabalhar até quando eu puder”, afirma dona Didi.

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