A influenciadora digital Carol Souza relatou uma experiência desagradável após receber um presente de um fã. Em entrevista entrevista ao jornal O Globo, ela contou que um objeto recebido por ela tinha um rastreador escondido.
Carol, que é especializada na produção de conteúdo adulto nas redes, ganhou um ursinho de pelúcia de um seguidor — algo que não é incomum para ela, que diz receber vários produtos de presente, incluindo até itens de luxo.
Porém, com o passar dos dias, a influenciadora disse ter notado uma falha em uma das costuras do animal e, ao analisar melhor, descobriu uma AirTag escondida. A “etiqueta inteligente” da Apple permite que outras pessoas saibam a exata localização de um objeto via rastreamento.
A influenciadora disse que bloqueou o seguidor e considera fazer uma denúncia à polícia. “Me senti extremamente desconfortável e vulnerável. Foi como se minha privacidade tivesse sido completamente invadida. É uma sensação muito estranha e assustadora saber que alguém estava tentando me rastrear”, detalha.
AirTags como arma de criminosos
A AirTag foi lançada pela Apple com o objetivo de permitir que usuários encontrassem itens perdidos e importantes, como malas, carteiras e o guarda-chuva, por exemplo. Ele opera com base em Bluetooth e triangulando informações com outros dispositivos próximos, inclusive podendo emitir um alerta sonoro para facilitar a localização.
Rapidamente, porém, as etiquetas inteligentes também começaram a ser usadas para práticas criminosas. Afinal, o rastreio também pode envolver pessoas, com o dispositivo escondido entre pertences ou até no carro de alguém para espionagem e vigilância ilegal.
No caso relatado pela influenciadora, a tag poderia fornecer o endereço residencial dela, que talvez fosse diferente da caixa postal para envio de presentes. Elas podem ser usadas até para facilitar o roubo de carros, identificando veículos que serão os próximos alvos de criminosos.
A Apple e outras fabricantes de aparelhos do tipo, como Tile e Samsung, têm trabalhado em mecanismos de proteção para evitar o uso desses itens para rastreio por parte de criminosos ou stalkers. Uma segunda geração do dispositivo da Maçã deve sair em 2025, possivelmente com ainda mais formas de barrar esse rastreamento ilegal.