Produtor segura oferta em abril e preço do boi sobe em boa parte do país

O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos para a arroba do boi em boa parte das praças de comercialização do Brasil ao longo de abril.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o bom volume de chuvas permitiu que os pecuaristas adotassem a retenção de oferta de gado no pasto como estratégia recorrente, possibilitando que as negociações acontecessem em patamares ligeiramente mais altos.

Assim, para maio, o quadro tende a mudar completamente, com o clima ainda ocupando um papel decisivo na formação dos preços.

Para Iglesias, o esvaziamento das chuvas e as altas temperaturas no Centro-Norte do Brasil devem provocar um grande desgaste nas pastagens, fazendo com que os pecuaristas se vejam obrigados a negociar um número maior de animais a partir da segunda quinzena, estabelecendo um viés negativo aos preços.

Preços da arroba

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 30 de abril:

  • São Paulo (Capital): R$ 233 a arroba, alta de 3,56% frente ao fechamento de março, de R$ 225
  • Goiás (Goiânia): R$ 215 a arroba, inalterado na comparação com o mês anterior.
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 230 a arroba, avanço de 4,55% frente ao encerramento de março, de R$ 220
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 225 a arroba, aumento de 2,27% frente ao fechamento de março, de R$ 220
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 220 a arroba, avanço de 4,76% frente aos R$ 210 da semana anterior
  • Rondônia (Vilhena): R$ 192 a arroba, baixa de 0,52% frente aos R$ 193 registrados no encerramento de março.

Boi no mercado atacado

O mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo de abril. O quarto traseiro do boi subiu 1,17%, passando de R$ 17,10 por quilo para R$ 17,30 por quilo. Já o quarto dianteiro subiu 5,90%, de R$ 13,20 para R$ 13,90.

Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere aumentos de preço da carne bovina no atacado ao longo da primeira metade de maio, por conta da comemoração do Dia das Mães.

Contudo, a partir da segunda metade do mês, a perspectiva é de um rimo de negócios mais calmo, o que pode contribuir para mudanças no cenário de preços.

Exportações de carne

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 923,343 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 46,167 milhões.

A quantidade total exportada pelo país chegou a 203,839 mil toneladas, com média diária de 10,192 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.529,80.

Em relação a abril de 2023, há alta de 58,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 56,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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