Annie Souza/Rdnews
O presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, saiu em defesa da instituição após a Operação Sisamnes da Polícia Federal, que apura suposta venda de sentenças judiciais envolvendo dois desembargadores, que estão afastados e usam tornozeleiras eletrônicas. Para Zuquim, a instituição continua ilesa e isso não arranha a imagem do Judiciário mato-grossense.
“Eu considero uma situação pontual. Nossa magistratura é composta por quase 350 magistrados. Eu não posso modular todo mundo por uma situação pontual. A instituição continua e vamos trabalhar em prol do jurisdicionado e da sociedade”, destaca Zuquim.
Na semana passada, após determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, a PF deflagrou a operação que investiga um suposto esquema de venda de sentenças judiciais no TJMT e no STJ. Os desembargadores Sebastião Moraes Filho e João Ferreira Filho, que estão afastados por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde agosto, foram alvos da ação e estão usando tornozeleira eletrônica.
Além deles, também foram alvos advogados, lobistas e empresários. A investigação se baseia em conteúdo encontrado no celular do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros no bairro Bosque da Saúde, em dezembro do ano passado.
O desembargador José Zuquim afirma que, caso seja comprovada a participação dos desembargadores no suposto esquema, eles terão que ser responsabilizados. “A instituição continua ilesa e assim vai continuar”.
“Se realmente definirem lá no STF, que há envolvimento, vão ser responsabilizados aqueles que praticaram atos indevidos”, completa.