Rodinei Crescêncio/Rdnews
O prefeito de Colíder (a 631 km de Cuiabá), Hemerson Máximo (União Brasil), não crê na saída de Mato Grosso da Amazônia Legal. Ele ressalta que o Código Florestal brasileiro é muito recente e a produção agrícola tem apelo ambiental forte no exterior. Neste sentido, entende que a medida pode retirar incentivos destinados somente aos estados que integram a Bacia Amazônica.
Na Europa há restrições à importação de produtos que tenham sido produzidos em áreas desmatadas, seja ela legal ou ilegal, dificultando o acesso do Brasil ao grande mercado internacional. Neste sentindo, Máximo vê o apelo ambiental sendo o norteador para manter a economia mato-grossense pujante e pontuou que não vê ambiente para a retirada do estado da Amazônia Legal.
“Eu vejo assim, o nosso Código Florestal é bem moderno e creio eu que dificilmente possa mudar isso. A parte que pode abrir 20% da Amazônia é o que eu considero que possa continuar a seguir, não vejo ambiente hoje. Até porque o nosso produto vendido na Europa, vendido para o exterior, existe um apelo ambiental muito forte”, explicou.
A proposta 337/2022, de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB-MT), propõe a exclusão de Mato Grosso da Amazônia Legal, tendo como objetivo a ampliação do limite para o plantio agrícola, ampliando a área de desmate da região amazônica.
A posição do prefeito de Colíder gestor destoa de outras lideranças, como os prefeitos de Alta Floresta e de Nova Monte Verde, Chico Gamba e Edemilson Marino, que querem a exclusão. Maninho, por sua vez, defende que Mato Grosso já é grande exportador.
“Dificilmente [Mato Grosso vai] sair da Amazônia Legal. Até porque nós perdemos grandes incentivos e tem que ver os prós e contras disso tudo. Acredito que continue [da maneira que está]”, concluiu.